Panettone pelado
novembro 28, 2006
O Natal desperta os melhores sentimentos e paladares. Nesta época do ano, muitas pessoas que comem ‘de um tudo’ abrem seus corações e revelam que detestam frutas cristalizadas. “Sempre nessa época do ano, eu penso na pessoa q nos salvou: o inventor do chocotone”, desabafou o amigo Calenda em seu blog, no Natal de 2004.
A frase me marcou por expressar tão bem a aversão às inocentes frutinhas que fazem parte da tradicional receita natalina. Dizem que tudo começou em Milão, entre os séculos XV e XVII, pelas mãos de um padeiro chamado Toni.
Hoje, o “Pane di Toni” ganhou gotas de chocolate, nozes, mousse, chocolate branco, gotas maiores de chocolate, cobertura de castanhas, versões light (?), somente com uvas passas (Gran Natale ou Uvattone, como diria Cecília), tamanho ‘família insaciável’ (4 kg!) e muito mais.
Particularmente acho o Toni um cara bem bacana e sempre gostei da receita dele. O querido Maurício, que não come frutas nem por decreto, também adora. É o verdadeiro milagre do Natal.
No último final de semana, o Dexter me apresentou o Pandoro, que apelidei de ‘panettone pelado’. Provei a versão da Bauducco (Bold´Oro), com e sem manteiga, e adorei. O bolo coberto com açúcar de confeiteiro tem a massa do panettone, um pouco mais leve, sem qualquer recheio. E nada disso é fruto de estudos de marketing.
O Pandoro também é uma receita tradicional natalina, só que foi criada em Verona, também no Norte da Itália. A idéia pode ter sido de um tal Eliodoro, primo radical do Toni. Vai saber?
A versão ainda tem a vantagem de ser versátil e não enjoar. Imagine um pedaço com geléia de damasco, outro com Nutella (aí está seu chocottone) e outro pelado mesmo. Soube que a tradicional Di Cunto também oferece o Pandoro. Vou correr pra lá!
Felizmente, São Paulo tem ótimos lugares para se comer deliciosos panettones em fatias. Um deles, que já vale pelo passeio, é a Casa Bauducco, na charmosa Rua Normandia, em Moema. Outro pedaço cobiçado é o da Cristallo, que pode ser acompanhado de um bom café.*
Casa Bauducco – Rua Normandia, 51 – Moema (Segunda a sábado das 10h às 19h. Até 24/12).
*Com dicas da Kay, amigona do coração, que ama frutas, ama Maurício, mas só come chocottone. No Natal de 2008 será a vez da pequena Clara – linda recém-nascida desse casal – escolher seu panettone favorito.
março 4, 2007 at 3:34 pm
Comentários feitos no toast original do Brauncafe.zip.net:
[Patricia] [patriciaalves4@gmail.com]
Eu adoooro comer panetone tomando coca-cola! experimentem! rssss
07/12/2006 09:35
[Alê]
O que realmente detesto nos panetones é maldita essência que vai na massa e deixa tudo com gosto de laranja (ou qualquer outra coisa cítrica)…
30/11/2006 16:47
[Ciça] [ceciliaaidar@yahoo.com.br]
Qtas pessoas queridas…. e panetone! PAnetone com Nutella…Daaaniiii! Esse é o “chocotone”…fiquei com água na boca! bjs
29/11/2006 18:54
[henrique] [henriquem@gmail.com] [pcmag.com.br/henrique]
neidão a DiCunto do Itaim vende panettone em fatia também. a da Mooca acho que não. e vc. esqueceu que nos absurdos do panettone tem aquele tosco de… goiabada! (lembra, tinha um desses na sua casa uns 2 anos atrás)
29/11/2006 11:07
[Pedro] [pcmarques@gmail.com]
Uma dica: não importa a sua escolha de panetone, compre um e deixe-o “amanhecer” (guarde descoberto por uns 2 dias). Depois, faça rabanadas com seu panetone preferido. E chore! hehehe
28/11/2006 10:49
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junho 18, 2007 at 11:10 pm
Panettone pelado, Mau, Kay, Dani … putz que saudades de vcs!!! E ninguém fala mais comigo…buaáááá´
Kay (quichic) Mau..falem da Clara… aaugusto@abce.com.br
batchos (Dani viciei no Braun)
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dezembro 12, 2010 at 10:52 pm
[…] secas picadinhas, nozes, calda de frutas vermelhas e sorvete de creme vão muito bem com o ‘panetone zerado’, que já foi tema de outros ‘toasts’ aqui no Braun Café. No esquema ‘padrão, ele já […]
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