O Elo perdido

janeiro 18, 2007

tanukipeq.jpgO esquema de rodízio é tão comum nos restaurantes japoneses de São Paulo, que muita gente se perde diante de um cardápio à la carte.

“No rodízio você não tem que pensar muito. As comidas vão chegando”, disse Giedre ao se deparar com um universo de escolhas disponíveis no Tanuki – um animal ‘primo’ do guaxinim em japonês – na Vila Madalena.

Giedre tem razão. Suas únicas decisões em um rodízdio são o sabor do temaki, se o guioza pode ser levemente grelhado invés de frito e o que será eliminado – pobres yakissobas.

É claro que há exceções que confirmam a regra, como o Haru, restaurante dos ex-donos do Sushi Ghen aberto há cinco meses, no Itaim. Lá, a escolha do rodízio é praticamente personalizada. Fiquei assustada com o poder de decisão dado ao cliente. Só não escolhi a faca e o sushimen, mas valeu o trabalho. O preço é convidativo (24,90 reais de segunda a quinta incluindo sobremesa) e o resultado satisfatório.

No cardápio à la carte do Tanuki, opções é que não faltam, então relaxe. Recomendo as mesas do andar superior, onde você tira os sapatos, pode fumar e perambular usando chinelos japoneses. Eles têm pontinhos de ‘do-in’ que massageiam seus pés, enquanto você começa a pensar no pedido.

Degustamos a cortesia da casa, uma deliciosa espécie de ceviche japonês (peixe branco marinado com pepinos). Estava ótimo. Eu já queria umas dez cortesias daquelas. Depois pedimos um [bem preparado] shimeji na manteiga com cebolinha na chapa, seguido de sashimis de salmão e peixe prego – bem saborosos e frescos.

Finalmente resolvi encarar o “Elo Perdido” e pedir alguma coisa bacana, que não fizesse parte do vocabulário do rodízio. Felizmente, o Tanuki oferece pratos do dia e um deles tinha tradução: “Canja de frutos do mar”. Canja sem galinha? Canja no japonês? Eu não tinha como resistir.

Acho que apelidaram o prato de ‘canja’ pela presença de arroz no caldo, que leva açafrão, cebola e pimentão picadinhos, camarões, polvo, lula e kani. Uma delícia suficiente para esquentar os ânimos de dois estômagos famintos por 18 reais. A conta toda, incluindo duas cervejas de 600 ml, refris e mais um temaki saiu 30 reais para cada, em três pessoas. Um preço justo.

Após um dia inteiro de trabalho duro, quem não quer pensar mesmo é a equipe do Tanuki. Na última terça (16/01), enquanto esperavam Alê e Deca terminarem a saideira, shushiman, entregadores e cozinheiros não pensaram duas vezes e chamaram uma pizza.

Tanuki – Rua Jéricó, 287 – Vila Madalena. Tel: (11) 3814-3760

Sushi Haru – Rua Manoel Guedes, 233 – Itaim Bibi. Tel: (11) 3477-7247

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One Response to “O Elo perdido”

  1. brauncafe Says:

    Comentários feitos no toast original do Brauncafe.zip.net:

    [Gabriela] [gaby@mindsell.com] [www.debaixodaminhapele.blogspot.com]
    Dani, Teu Café me deixa sempre com água na boca. Este post em particular aumentou a já imensa saudades. Os “japoneses”daqui não se comparam aos daí! Beijos
    20/01/2007 17:54

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