Achado pernambucano (em novo endereço)
novembro 28, 2010
Atualização (20/08/2011): O Azulejo Pernambucano fechou na Al. Franca há alguns meses e reabriu no Lounge e Bistrô Estação Caneca (Rua Frei Caneca, 384 – Consolação). Dica do Marcelo Katsuki.
O Azulejo Pernambucano é um bom exemplo de que é possível servir boa comida, com estilo, a um preço acessível, na cada vez mais cara capital da gastronomia. Aberto há cerca de sete meses no bairro paulistano dos Jardins, o pequeno e charmoso restaurante oferece um menu degustação com entrada, três pratos, suco e buffet de sobremesa por R$ 35 – nada mais, nada menos.
O segredo vem da experiência do simpático e caprichoso chef André Palma, que fez carreira na área de eventos em Recife e agradou paulistanos com sua culinária regional. Atendendo a pedidos, ele aposta em um “bistrô pernambucano”, localizado em um charmoso espaço no andar superior de uma academia de yoga, na Alameda Franca.
O esquema de buffet é reproduzido na pequena cozinha do restaurante. Como os pratos são fixos, o chef já tem tudo preparado para esquentar e servir aos clientes, pessoalmente e com muito apreço.
Antes de descrever a experiência, quero destacar que o crédito da descoberta vai para a querida Cris Sato, que conheci graças ao Braun Café. Há cerca de duas semanas fomos conhecer juntas este lugar especial, em um almoço delicioso temperado com um bom bate-papo sobre comidinhas do mundo.
Enquanto esperávamos ansiosas pela degustação, beliscando algumas castanhas de caju, escolhemos o suave e refrescante suco de graviola natural, que acompanhou nossa refeição. O cardápio oferece suas opções de suco à vontade, mas depois de provar o de graviola nenhuma das duas quis trocar a próxima taça pelo sabor maracujá.
Logo na entrada, além da decoração charmosa, o chef mostra seu capricho. O cremoso caldinho de feijoada com um fio de azeite veio servido em uma linda xícara de louça antiga. Duas gotinhas da pimenta vermelha da casa e o sabor de aventura ficou perfeito.
A sequencia de degustação vem servida em pratos pequenos, como de sobremesa. Pode parecer pouco, no começo, mas vale lembrar que são três pratos diferentes. Além disso, você precisa reservar espaço para as sobremesas, que são muitas e muito boas.
O cardápio é sempre modificado, mas naquele sábado a sequencia de pratinhos começou com um gostoso picadinho de carne com legumes sobre farofinha amarela. Em seguida veio o meu favorito: macaxeira cozida com manteiga de garrafa e carne seca acebolada no ponto certo. E o terceiro prato foi o Arrumadinho (feijão de corda, carne de sol em cubinhos, farinha de mandioca e vinagrete). Seguindo a recomendação do chef, provamos tudo ‘desarrumadinho’ mesmo.
E aí? Reservou espaço para ler a sobremesa? Então prepare-se para fazer pelo menos duas viagens à vasta mesa de doces regionais. Logo avistei o clássico bolo de rolo, impecável e cortado bem fininho pelo chef.
A fatia do clássico bolo pernambucano com goiabada era tão fininha que peguei duas sem perceber em eu primeiro pratinho, com um pouco de goiabada mole por cima, um pedacinho do bolo molhadinho de macaxeira e a delícia de abacaxi, cujo nome não precisa de modéstia – o creme de abacaxi em pedaços, uvas passas e doce de leite é delicioso mesmo.
“Mais geleia? – Mais geleia”, ja diria Picolino. Então fiz mais um pratinho com bolo, compota de banana e um pedaço do sensacional pudim de café. Adoro pudim, adoro café e estava realmente muito bom.
Suspiros no final e um café fresquinho coado na hora finalizaram o almoço perfeito. A xícara e o açucareiro mimosos, no pique de ‘casa da vó’, foram escolhidos a dedo pelo chef em feiras de antiguidades como a do Bixiga.
Para quem se inspirou e quer conhecer o Azulejo Pernambucano, o local também serve almoço executivo, com entrada, salada e um prato principal, e jantar na mesma faixa de preço do brunch dos sábados.
O Azulejo não faz reservas. O negócio é ligar antes para checar os horários e chegar cedo ou esperar um bocadinho porque o local tem poucas mesas. Marquei com a Cris às 13h15 e encontramos mesa para dois. Outra dica é ir em até quatro pessoas para se acomodar melhor.
Seguindo o esquema ‘minimalista’, a carta de bebidas se resume, por enquanto, aos vinhos Rio Sol (produzidos no Vale do São Francisco), mas acho que o chef vai acabar aumentando a pequena adega climatizada e o empreendimento, que tem de tudo para ganhar muitos azulejos.
Azulejo Pernambucano – Lounge e Bistrô Estação Caneca
Rua Frei Caneca, 384 – Consolação
Tel.: (11) 2371-5744
novembro 28, 2010 at 9:43 pm
Oi Dani!!
Tudo bom?
Fiquei bem interessado nesse restaurante. To pensando em ir. O engraçado é que fui ver no google street view e nesse número é algo de yoga. Por um acaso não seria uma mistura de comida nordestina com a calma de uma yoga? Brincadeiras a parte, esse restaurante é novo?
Tem que entrar na academia de yoga para ir ao restaurante? E o preço é incluso tudo o que você mostrou, mais sobremesa e os sucos?
Muito bom o seu trabalho nesse blog e no tecpod. Continue assim.
Enviado do meu teclado HP. (desculpe, não resisti!)
Abraços e sucesso!
PS. um dia vocês podiam gravar o tecpod em algum restaurante que você visitar.
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novembro 29, 2010 at 7:00 pm
Tudo bem Diogo? Obrigadão por visitar o Braun Café. Adorei o comentário da yoga (rs) e o lugar é realmente tranquilo mesmo, mas no andar de cima, a aula é de pura gastronomia regional. É tudo incluso, o suco e os doces. Boa dica de um TecPod ‘degustação’. Bjs, Dani (enviado do meu teclado HP tb!)
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novembro 28, 2010 at 10:31 pm
Dani!
Quaquer dia vai conhecer o “Na Cozinha”, que fica na Hadock Lobo, comandado pelo chef paraibano Carlos Pereira, que faz uma releitura da cozinha brasileira como um todo.
Por vezes, quando estou em São Paulo (moro em Recife), sempre frequento lá.
Valeu a dica do “Azulejo”. Já anotei.
Abraço
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novembro 29, 2010 at 7:05 pm
Que legal Agostinho! Ótima dica do ‘Na Cozinha’. Já fiquei de olho quando o lugar esteve na Restaurante Week de São Paulo e quero conhecer. Aí em Recife você tem acesso aos melhores quitutes hein? Qual a sua dica na cidade? Abraços, Dani
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dezembro 3, 2010 at 10:31 am
[…] in a digital world, do Clive Thompson – Social Media Sobriety Test – iTreco – Ching Ling Jobs – Azulejo Pernambucano – “Here comes everybody“, do Clay Shirky (pô, de novo?) – The end of managment, do […]
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agosto 20, 2011 at 8:54 pm
Caramba. Tenho que conhecer esse lugar. Adorei! Bjs.
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