Almoço à grega
fevereiro 18, 2018
Tá calor? Vá de culinária mediterrânea. Minha dica no modo verão é almoçar no Kouzina, um simpático restaurante grego na esquina da Rua Peixoto Gomide com a Alameda Lorena, nos Jardins. O ambiente todo pintado de branco imita as casinhas de Plaka, um pitoresco bairro de Atenas. Apesar do nome, no Kouzina você não precisa fazer o prato na cozinha, como no tradicional Acrópolis, no Bom Retiro. Mas se for almoçar mais tarde, no fim de semana, prepare-se para uma certa fila de espera.
Para entrar no clima, você pode começar com uma salada grega. A combinação colorida e saborosa traz pimentão amarelo, pepinos, cebola roxa, tomatinhos, queijo feta e azeitonas gregas (R$ 30). Como não amar?
Outra boa pedida é o Tzatziki – o nome é complexo, mas a mistura de iogurte com pepino é simples e perfeita (R$ 15). Vai bem com o pão pita, que vem quentinho da chapa (R$ 8 cada) e uma taça de vinho rosé (R$ 29).
Vale perguntar qual é o prato do dia. No sábado em que estive lá, o spaghetti com lulas à provençal e um toque de vinho branco (R$ 36) estava ótimo. A berinjela tostada com tomate em cubinhos e alho por cima (R$ 24 ) também valeu a pena. Nas próximas visitas ainda quero explorar outras especialidades, incluindo a clássica moussaka.
Na hora do café, recomendo que você opte pelo expresso normal. O café dos gregos (R$ 9) vem com o pó de presente. É servido sem coar mesmo. O ritual é bacana, a foto ficou bonita, mas essa foi minha segunda tentativa de tomar café grego e não rolou.
Kouzina
Rua Peixoto Gomide, 1.710 – Jardins, São Paulo – SP
Tel.: (11) 2935-0888
https://pt-br.facebook.com/Kouzinamyk/
Achado pernambucano (em novo endereço)
novembro 28, 2010
Atualização (20/08/2011): O Azulejo Pernambucano fechou na Al. Franca há alguns meses e reabriu no Lounge e Bistrô Estação Caneca (Rua Frei Caneca, 384 – Consolação). Dica do Marcelo Katsuki.
O Azulejo Pernambucano é um bom exemplo de que é possível servir boa comida, com estilo, a um preço acessível, na cada vez mais cara capital da gastronomia. Aberto há cerca de sete meses no bairro paulistano dos Jardins, o pequeno e charmoso restaurante oferece um menu degustação com entrada, três pratos, suco e buffet de sobremesa por R$ 35 – nada mais, nada menos.
O segredo vem da experiência do simpático e caprichoso chef André Palma, que fez carreira na área de eventos em Recife e agradou paulistanos com sua culinária regional. Atendendo a pedidos, ele aposta em um “bistrô pernambucano”, localizado em um charmoso espaço no andar superior de uma academia de yoga, na Alameda Franca.
O esquema de buffet é reproduzido na pequena cozinha do restaurante. Como os pratos são fixos, o chef já tem tudo preparado para esquentar e servir aos clientes, pessoalmente e com muito apreço.
Antes de descrever a experiência, quero destacar que o crédito da descoberta vai para a querida Cris Sato, que conheci graças ao Braun Café. Há cerca de duas semanas fomos conhecer juntas este lugar especial, em um almoço delicioso temperado com um bom bate-papo sobre comidinhas do mundo.
Enquanto esperávamos ansiosas pela degustação, beliscando algumas castanhas de caju, escolhemos o suave e refrescante suco de graviola natural, que acompanhou nossa refeição. O cardápio oferece suas opções de suco à vontade, mas depois de provar o de graviola nenhuma das duas quis trocar a próxima taça pelo sabor maracujá.
Logo na entrada, além da decoração charmosa, o chef mostra seu capricho. O cremoso caldinho de feijoada com um fio de azeite veio servido em uma linda xícara de louça antiga. Duas gotinhas da pimenta vermelha da casa e o sabor de aventura ficou perfeito.
A sequencia de degustação vem servida em pratos pequenos, como de sobremesa. Pode parecer pouco, no começo, mas vale lembrar que são três pratos diferentes. Além disso, você precisa reservar espaço para as sobremesas, que são muitas e muito boas.
O cardápio é sempre modificado, mas naquele sábado a sequencia de pratinhos começou com um gostoso picadinho de carne com legumes sobre farofinha amarela. Em seguida veio o meu favorito: macaxeira cozida com manteiga de garrafa e carne seca acebolada no ponto certo. E o terceiro prato foi o Arrumadinho (feijão de corda, carne de sol em cubinhos, farinha de mandioca e vinagrete). Seguindo a recomendação do chef, provamos tudo ‘desarrumadinho’ mesmo.
E aí? Reservou espaço para ler a sobremesa? Então prepare-se para fazer pelo menos duas viagens à vasta mesa de doces regionais. Logo avistei o clássico bolo de rolo, impecável e cortado bem fininho pelo chef.
A fatia do clássico bolo pernambucano com goiabada era tão fininha que peguei duas sem perceber em eu primeiro pratinho, com um pouco de goiabada mole por cima, um pedacinho do bolo molhadinho de macaxeira e a delícia de abacaxi, cujo nome não precisa de modéstia – o creme de abacaxi em pedaços, uvas passas e doce de leite é delicioso mesmo.
“Mais geleia? – Mais geleia”, ja diria Picolino. Então fiz mais um pratinho com bolo, compota de banana e um pedaço do sensacional pudim de café. Adoro pudim, adoro café e estava realmente muito bom.
Suspiros no final e um café fresquinho coado na hora finalizaram o almoço perfeito. A xícara e o açucareiro mimosos, no pique de ‘casa da vó’, foram escolhidos a dedo pelo chef em feiras de antiguidades como a do Bixiga.
Para quem se inspirou e quer conhecer o Azulejo Pernambucano, o local também serve almoço executivo, com entrada, salada e um prato principal, e jantar na mesma faixa de preço do brunch dos sábados.
O Azulejo não faz reservas. O negócio é ligar antes para checar os horários e chegar cedo ou esperar um bocadinho porque o local tem poucas mesas. Marquei com a Cris às 13h15 e encontramos mesa para dois. Outra dica é ir em até quatro pessoas para se acomodar melhor.
Seguindo o esquema ‘minimalista’, a carta de bebidas se resume, por enquanto, aos vinhos Rio Sol (produzidos no Vale do São Francisco), mas acho que o chef vai acabar aumentando a pequena adega climatizada e o empreendimento, que tem de tudo para ganhar muitos azulejos.
Azulejo Pernambucano – Lounge e Bistrô Estação Caneca
Rua Frei Caneca, 384 – Consolação
Tel.: (11) 2371-5744