Ali na mesa
julho 26, 2008
Por Renata Mesquita*
Os rodízios de sushi continuam proliferando pela cidade, mas se você nunca experimentou certas preciosidades (nenhum docinho feito à base de feijão ou balas de alga, por exemplo) ou não teve a sorte (que, quando pequena, eu julgava azar) de ter um japonês legítimo por perto para fazer você comer coisas estranhas como lâminas de alga secadas ao sol versão stand alone, cortadas em tirinhas, chamadas Kombu, (Valeu, seu Takeshi!), não pode dizer que seja um admirador de verdade da culinária nipônica.
As tirinhas
Ter sido forçada a voltar para a acupuntura, e com tempo para realizar as sessões apenas aos sábados, trouxe para a minha vida a realização de um desejo que eu acalentava há muito tempo: frequentar mais o bairro da Liberdade. Cada visita tem sido uma descoberta. Gastronômica e consumista.
Mas a maior delas se deu por indicação de nosso japonês Mário Nagano: o Restaurante Katsuzen fica escondido, tem mesas simples e cara de estabelecimento “de raiz”, uma proprietária que é uma figura e sempre vem perguntar o que você achou da refeição. Um de seus sushimen é proveniente do Nordeste (como já foi comprovado cientificamente, eles têm um dom natural para a coisa, apesar da falta quase total de japoneses na colonização de nossos belos estados nordestinos). Ah, e tem opções chinesas, também, no cardápio. Tudo muito simples, sem frescura nenhuma.
Se um dos charmes do Katsuzen é o fato de ele lembrar qualquer restaurantezinho que você encontraria de verdade no Japão fora das áreas turísticas, o apelo gustativo é que ele é especializado em milanesas. Enormes e gordos filés de contra-filé ou de carne de porco ao gosto do freguês, servidos com gohan, missô, pepininhos, repolho e tomates. De entrada, uma saladinha exótica que mistura macarrão de fécula de inhame, presunto, pepino, cebola roxa, tomate e… pedacinhos de omelete!! Isso sim é que é experimentar algo japonês de verdade!
Se você não gosta de fritura (tá, tá, eu sei que faz mal, mas a massa pelo menos não tem gosto de óleo), fique tranqüilo: o Katsuzen tem sushi, sashimi, guioza, tempura (inclusive na versão doce, de sorvete), yakissoba e mais uma porção de pratos com nomes típicos que ainda não consegui decorar, sempre a la carte. Independente da sua “corrente” oriental, vale pelo clima e pela experiência!!
*Renata Mesquita é jornalista e adora descobrir novas delícias para o Braun Café. Fotos: Henrique Martin.
agosto 5, 2008 at 8:34 pm
Boa escolha, Katsuzen com certeza figura no meu Top 5 em comida japonesa! Já sugeri uma vez à Daniela e sugiro a você também, vá ao Gombê (Tomáz Gonzaga, 22), yakitoris e nabemonos autênticos, você vai se sentir em Kyoto.
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agosto 7, 2008 at 5:12 pm
Obrigada pela dica, Adriano!! Com certeza farei uma visitinha ao Gombê.
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