Chinês, grego e fast food em Florença
julho 10, 2011
Após a calmaria de Siena e Montalcino, chegamos à efervescente Florença e nos instalamos perto da estação de trem, mas a uma certa caminhada do centro. Veja mais fotos de Florença no Flickr do Braun Café.
Na cidade dos Medici, os patronos do renascimento, tínhamos um compromisso com as artes. A concorrida Galeria Ufizzi, endereço obrigatório em Florença, já estava reservada desde a primeira semana de viagem. Recomendo a compra dos ingressos (10 euros com taxa) com pelo menos uma semana de antecedência no site www.uffizi.firenze.it
Se quiser admirar o belo Davi, de Michelangelo, reserve mais 10 euros para a entrada (incluindo a taxa de reserva) na Galeria Dell’Accademia ou fique com a réplica, exibida a céu aberto, em frente à Ufizzi.
A Biblioteca dos Medici (Biblioteca Medicea Laurenziana), projetada por Michelangelo, também é imperdível. Vale visitar só a Biblioteca sensacional (3 euros) e dispensar a cadetral. E a Piazzalle Michelangelo é muito recomendada pela linda vista da cidade ao entardecer.
Dispense o audioguide e baixe os podcasts gratuitos do Rick Steves com guias detalhados de museus e caminhadas em Roma, Firenze e outras cidades da Itália.
Vale lembrar que ainda estamos na Toscana e a cidade oferece uma série de opções interessantes ‘per mangiare’. Coloquei abaixo as dicas do Marcelo Jabour, advogado e gourmet, que fez ótimas recomendações em Firenze. No cansaço após os passeios, entretanto, optamos por restaurantes vizinhos ao Bed & Breakfast.
O primeiro jantar ainda seguiu o esquema à italiana. No Al Chirola di Jimmy provei uma excelente salada morna de polvo com batatas e um cremoso risoto de aspargos com provolone defumado. Excelente.
Depois do Jimmy, resolvemos variar. Na segunda noite jantamos em um ótimo ‘ristorante cinese’ chamado Osir (hein?), com direito a tacinha de prossecco como cortesia na chegada. Meu frango tailandês com legumes estava leve e saboroso.
Na última noite fomos conhecer o grego Odysseia, há dois quarteirões do B&B. Sem falar italiano, muito menos grego, tivemos um pouco de dificuldade de escolher os pratos no começo, mas a filha dos donos falava um pouco de inglês e tudo se resolveu.
A entrada, chamada Manuri, é uma ótima ideia para fazer em casa: queijo feta assado no alumínio com páprica, cebola roxa e rodelas de pimentão. Vai muito bem com pão sírio. Para beber, o Fábio pediu uma ‘Fanta grega’ e eu fui de vinho grego (retsina), mas acho que a laranjada estava mais amiga.
Os pratos principais era meio que um mix de especialidades na grelha. Experimentei o Suluvlaki (pedaços de peito de frango envoltos em bacon, com salada grega, molhinho de páprica com ricota). Só achei que as fritas não ‘ornaram’.
Eu ainda pedi um doce da casa, um folhado com nozes e mel, bem similar aos doces sírios e um café. O problema é que insisti em provar o café grego. A garçonete perguntou umas duas vezes se era isso mesmo que eu queria e fui firme na decisão. Resultado: tomei o pior café da minha vida. Praticamente uma água quente com pó de café, sem gosto. Já experimentei e gostei bastante do café turco, que também é feito com o pó sem coador, mas aquele ‘café de grego’ não rolou.
Durante o dia nos esbaldamos no McDonald’s italiano, que é muito mais criativo do que o nosso. Nas entradas, por exemplo, eles oferecem o gamberi (três camarões médios empanados) por 3 euros. Entre os sandubas especiais, destaque para o CBO (Chicken, Bacon and Onion), com pedacinhos de onion rings e pão salpicado de bacon, e o Matrimônio (cheese salada com pedacinhos de presunto parma no pão ciabata macio). Até a salada era bacana: rúcula, alface, lascas de parmesão e presunto parma com molho de azeite e limão. Recomendo.
A bisteca fiorentina ficou para uma próxima. O esquema do bife mais famoso da cidade exige disposição física e financeira. Para se ter uma ideia, a bisteca é vendida a 4 euros, em média, por cada 100 gramas. Até aí tudo bem, mas a porção mínima varia de 800 a 1.200 gramas. Difícil…
Al Chirola di Jimmy
Viale F. Strozzi, 16r (zona Fortezza) – Florença, Itália
Tel.: +39 055 4625049
Odysseia Cucina Grega
Via Agnolo Poliziano, 7r – Florença, Itália
Cel.: 389 8809550 / 333 6660951
Ristorante Osir
Viale S. Lavagnini, 22r – Florença, Itália
Tel.: +39 055 474942
Dicas de advogado gourmet em Firenze:
Il profeta
Via Borgognissanti, 93 R – Florença, Itália
Reservas: +39 055 212265/055212265
Trattoria Angiolino di Saccardi Riccardo
Via Trento, 739, San Donnino Campi Bisenzio – Florença, Itália
Tel.: +39 055 8739438
Trattoria S. Zanobi – Cucina Tipica Fiorentina
Via San Zanobi, 33 – Florença, Itália
Tel.: +39 055 475286
Vineria Mazzanti – Osteria
Via dei Magazzini, 3-red – Florença, Itália
Tel.: +39 055 293045
setembro 2, 2011 at 4:07 pm
Estou adorando estes posts com culinária internacional. Especialmente que nos abre um leque de possibilidades para nossa comida do dia-a-dia. Buscar sempre fazer o melhor e aperfeiçoar esse é o lema com que tenho praticar. Estou fazendo cursos no http://www.buzzero.com/cursos-online e estes posts estão abrindo minhas ideias.
Um grande abraço! =)
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setembro 7, 2011 at 6:49 pm
Tudo bom Camila? Obrigada pela visita ao Braun Café. Fico contente em saber que os posts podem ser inspiradores. Qual curso online você está fazendo? Abraço, Dani Braun
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setembro 14, 2012 at 12:11 am
Dani, me perdoe. Mas realmente nao me conformo de alguem ir à Italia e comer em restaurante chines, grego ou pior, ir ao Mcdonalds.
Sei que vc citou em disposição financeira mas em qualquer lugar nao turístico na Italia vc come um prato de massa por 8 euros e na pior das hipóteses vai ao supermercado e compra produtos de primeira a módicos preços.
Desculpe minha critica mas acho que um lugar vale também por sua cozinha
Um abraço
Dani Bispo
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setembro 14, 2012 at 1:49 pm
Oi Dani, tudo bem? Eu é que agradeço a crítica. Felizmente comi e bebi muito bem, a bons preços, em Roma, Siena, Veneza, Verona e Milão. Na verdade achei interessante conhecer o “McItália” e aproveitei os restaurantes mais próximos do hotel pra dar uma variada. Abraço e obrigada! Dani
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