Independente!

abril 17, 2010

Este ‘toast’ não trata de futebol – mesmo porque não sei qual será o destino do São Paulo neste domingo. Prefiro falar aqui sobre outra paixão, que vem tomando muitos brasileiros, especialmente no inverno: o vinho*.

La Cave Jado: vinho francês independente direto do produtor

Conheci recentemente a importadora La Cave Jado, aberta há certa de um ano na Vila Mariana com a proposta de oferecer vinhos franceses autênticos, de produtores independentes e sem intermediários. Lá entendi que ‘independente’ não é sinônimo de vinícola pequena ou ‘mambembe’, mas sim de um produtor que não vai se render para conquistar paladares internacionais… jamé!

Ao iniciar as visitas à sua terra Natal, há três anos, em busca de bons vinhos para trazer ao Brasil, Dorothée, uma das proprietárias da adega, conta que ouviu algumas propostas de criação ou adaptação de vinhos para nós, “como se o brasileiro só gostasse de um tipo de vinho, ou tivesse um único paladar… imagine”.

Degustação de pinot noir (Bourgogne e Sancerre) - outra categoria

O resultado da pequena adega é uma seleção de diversas regiões da França, com alta qualidade e bons preços começando na faixa de R$ 40 a R$ 50. O valor foge do meu orçamento de costume para vinhos, mas me parece um bom investimento para uma ocasião especial, para guardar na adega ou presentear bons amigos. (Renato Machado já elogiou a relação custo-benefício do local).

O espaço bem claro, simples e sem frescuras, apresenta seus vinhos em prateleiras improvisadas com caixas de madeira e vai ao que interessa. Quase todo o sábados, a cave oferece degustações (legal assinar a newsletter no site).

Degustações aos sábados com dicas da simpática Dorothée

Estive por lá para provar dois rótulos da uva pinot noir (Domaine Ninot 2006 de Bourgogne e Domaine Raimbult 2007 Sancerre, do vale do Loire) na faixa de R$ 80 a R$ 90. Estava fora do meu budget, mas tive a oportunidade de sentir outra categoria de pinot noir bem diferente da dos chilenos e argentinos.

Os dois vinhos de coloração mais suave eram extremamente leves e elegantes. O aroma era tão gostoso que o Dexter não queria mais largar a taça do Ninot. E a experiência ainda foi acompanhada de uma aula de vinhos franceses com a simpática Dorothée, que nos explicou sobre o método de produção ‘Sur lie‘ (sobre as borras), o segredo de um branco Muscadet que levei para casa (R$ 48).

Projeto iniciado há três anos e visitas frequentes à França atrás de produtores

Comprei também um Gamay (R$ 41) Domaine Rin Du Bois 2008 para experimentar e por enquanto é só. Os dois estão bem guardados aqui em casa, mas em breve quero fazer um brinde aos franceses independentes. Vive la révolution!

*O pouco que sei sobre vinhos me ajuda em alguns ‘chutes’ nas compras, mas as melhores dicas são de amigos como  o Fogaça, o Scaglia e o Ricardoc, além de um curso básico da Associação Brasileira de Sommeliers, que fiz em 2006 e recomendo – só preciso reler a apostila porque já esqueci 80% do conteúdo. Sobre futebol, tudo o que sei é torcer.

Publicidade

celularsony 034-262x350
Sei que estamos em pleno inverno, mas para o varejo esta é a hora de lançar uma cerveja e esperar que o consumidor tome gosto pela gelada até o verão. Por este motivo, a Ambev me convidou para entrar literalmente numa fria e conhecer a Antarctica Sub Zero.

A nova aposta da gigante de bebidas é suave e refrescante – nada tem a ver com a Antarctica, que continua no mercado – e promete agradar até quem não é muito chegado em cerveja. Como diria o apresentador Bolinha, é uma “melodia de fácil aceitação”.

celularsony 042-350x262
O segredo da Antarctica Sub Zero está em uma dupla filtragem à temperatura de -2ºC, enquanto uma cerveja popular é filtrada uma vez a 0ºC, explicou o simpático mestre-cervejeiro da Ambev, Luciano Horn, ao Braun Café.

Para lançar a cerveja, portanto, o pessoal da Ambev colocou seus convidados numa sala climatizada à mesma temperatura da Sub Zero (que gostoso!). Emprestaram casacos e me senti tão encapotada como os pinguins que passavam pelo vídeo em uma das paredes do ambiente.

celularsony 023-262x350
Após o discurso do mestre-cervejeiro, uma parede de gelo foi quebrada, vimos mais três apresentações, e finalmente conhecemos a nova pielsen.

A Sub Zero é gostosa e bem leve mesmo, mas cuidado com a empolgação porque seu teor alcoólico (4.6) é quase o mesmo da Antarctica (4.8) lembrou Horn.

celularsony 033-262x350

“O grande diferencial é o nosso líquido”. Com esta ‘frase marcante’, o diretor de marketing da Ambev, Carlos Lisboa, anunciou o que a empresa definiu como “a cerveja mais refrescante do mercado brasileiro”. Segundo ele, a Sub Zero foi criada após um ano e meio de pesquisas sobre tecnologia de produção e junto ao gosto de 2.500 consumidores. E o resultado é que o brasileiro gosta cerveja bem gelada e pronto.

celularsony 036-262x350
A novidade chega primeiro aos Estados de São Paulo e Minas Gerais, responsáveis por um terço do consumo de cerveja do País, informou a fabricante. Em breve, os bons bebedores paulistas e mineiros encontrarão a Sub Zero em gôndolas especiais para latinhas e em refrigeradores que liberam bastante fumaça, um “efeito especial” para a nova cerveja, destacou outro executivo de marketing da Ambev.

No bar, acredito que o “efeito especial” da nova pielsen pode ser interessante para quem se empolgar muito na ‘refrescância’ e na leveza – só quero ver a leveza na hora de ir para casa. Mas se você é da turma da Serramalte e das cervejas especiais (agora a piada nerd), a Sub Zero está bem longe de ser ‘fatality’.

Fotos: as fotografias deste ‘toast’ foram tiradas com o celular Sony Ericsson C950, cedido pela fabricante para a cobertura do evento. Com uma Cyber-Shot de 8.1 megapixels de resolução, o aparelho é praticamente uma “câmera que fala”. As imagens foram registradas sem flash e na resolução máxima. O modelo custa cerca de R$ 2 mil pela Claro, mas o valor pode chegar a R$ 600 dependendo do plano contratado com a operadora, informou a assessoria da Sony Ericsson.

Banana a peso de trufa

agosto 10, 2008


Passar a compra no caixa do hipermercado pode ser uma experiência bizarra. O amigo Henrique quase caiu de costas ao ver que um cacho de banana prata foi registrado, no Carrefour, por 9.999 reais.

Eu diria que era banana prata a peso de ouro, mas nem o ouro está valendo tanto assim. Será que a boca do caixa resolveu engolir trufas brancas, cujo quilo chega a 6 mil euros, ou computou uma réplica de Andy Warhol? Vai saber…


Certamente o erro crasso foi logo percebido, mas Henrique guardou de lembrança a nota fiscal da banana mais cara do mundo. O susto vale como dica para ficarmos de olho caso algumas bananas a mais passem na compra do mês.

Vinho para todos

maio 18, 2008

(Blog avalia vinhos de até R$ 40. Foto: BaresSP)

Chegou o tão esperado clima para tomar tintos. O problema é quem nem sempre o bolso acompanha o ritmo e pouca gente deve fazer reservas para gastar com vinhos nesta época do ano. Tá aí uma boa idéia para o próximo: “Faça suas economias e não fique sem o seu Reserva no inverno.”

É nesta época que costumamos nos deparar com aquelas prateleiras cheias de garrafas e lindos rótulos sem saber se arriscamos no baratinho – e ficamos com dor de cabeça no dia seguinte – ou se vamos nos mais garantidos – e a dor de cabeça vem mais tarde, na fatura do cartão.

É difícil estabelecer regras. “Não confie em nenhum vinho por menos de R$ 20” poderia ser uma delas, mas sempre há uma excessão. Vai perder a oportunidade?

A idéia de escrever esse ‘toast’ é recomendar do blog Vinho para Todos. A diferença deste blogueiro enófilo, de Uberlândia, é que ele bebe os vinhos que custam menos de R$ 20, de R$ 30 e de R$ 40 (valor máximo dos rótulos avaliados no blog) e faz boas descobertas. Basta olhar a classificação das ‘taças’ no blog e, da próxima vez que for ao mercado, levar sua colinha.

Outra dica é levar uma Tabela de Safras na carteira. Não custa nada sacar o papel no mercado e checar se aquele a safra daquele vinho em ‘super promoção’, teve uma nota boa, ou se o mercado não está fazendo milagre algum. No site da Mistral você encontra a tabela de safras de 1990 a 2005 pronta para para imprimir.

Outro dia apostei em um Gamay do Les Petit Sommeliers – rótulos da marca francesa Casino*, que invadiu o Pão de Açúcar. Peço preço (R$ 16,90), o vinho leve, com sabor de cereja e bem alegre, não deixou nada a desejar. Gamei.

Costumo comprar vinhos em importadoras, quando dá tempo. Quando não dá, vou ao mercado, ou visito o site da Mistral. Eles entregam em casa e sem cobrar frete para pedidos de seis garrafas (incluindo meias), o que é bem prático. Antes da compra, dou uma olhada nas seções Bon Marché e Barganhas do Mês. Já peguei alguns achados por lá.

*Os produtos do Grupo Casino, dono de metade do Pão de Açúcar, estão bem cotados. Já ouvi boas recomendações dos chás, do molho tártaro e recentemente comprei as bolachas de chocolate amargo com laranja. Pensei em servir para alguma visita, mas não deu para esperar. Irresistíveis essas bolachinhas.

A prima rica da Heineken

março 15, 2008

hollandia_350.jpg

Estava flertando com as cervejas importadas no Pão de Açúcar quando vejo uma garrafinha verde de cerveja chamada “Hollandia”. Já comecei a rir pensando o que o ‘Predo’ diria sobre essa descoberta internacional do ‘vocabulário pedrês’, ou então o que o Ronaldo, que morou lá na Holanda, poderia explicar a respeito. Também poderia ser a gelada do Seu Creisson, mas o preço (R$ 5,09) não é tão popular.

Como adoro os holandeses (meu pai é um deles) e suas cervejas, resolvi apostar na Hollandia, pelo menos para não perder a piada.

Essa prima rica da Heineken, de coloração bem dourada, sabor mais refinado e levemente adocicado, me conquistou. Pena que era uma só. Bom… acho que vou ao mercado comprar mais umas piadas…

Fabricada pela Bavaria Brewery (tem até um tour virtual todo em Flash da cervejaria), a Hollandia levou nota 2,94 (em um máximo de 5) no Tastebeer.com . Já para o cara empolgado da propaganda abaixo, parece ser nota 10.

%d blogueiros gostam disto: