Unidos da comida taiwanesa

fevereiro 16, 2020

A incrível receita de berinjela empanada à moda taiwanesa do Mapu, na Vila Mariana.*

O restaurante taiwanes Mapu, na Vila Mariana, é minha dica para quem quer se divertir no carnaval de São Paulo e experimentar uma comida diferente e deliciosa entre um bloquinho e outro.

Cogumelos sortidos com macarrão de arroz para aproveitar o molho.*

Ao provar a berinjela empanada ao molho de missô e shoyu (R$ 23) você entende porque a casa está sempre lotada. Eu nem sou muito fã de berinjela, mas fiquei impressionada com o empanado crocante por fora e cremoso por dentro. A receita é da mãe dos donos. Imperdível.

Costelinha de porco ao molho de tamarindo e cupuaçu com castanha de caju e coentro.*

O Mapu começou como food truck e ainda circula por aí, mas também decidiu fixar sua cozinha no ano passado em uma simpática casinha na Rua Áurea. Na minha primeira visita com uma turma de amigos ficamos só nas entradas, nos pratos para compartilhar.

A porção de cogumelos no vapor é outra surpresa boa (R$ 28). O prato de cogumelos variados servidos em um leve molho de shoyo, alho, cebolinha vem acompanhado de um finíssimo macarrão de arroz que você mistura ao caldo depois. Só alegria.

Xian Bing Nirá: dumplins grelhados com recheio vegetariano.*

Prove também a costelinha de porco hoisin com molho de tamarindo, cupuaçu, castanha de caju e coentro (R$ 25) acompanhada de tomates verdes, o Taiwan frango crocante bem sequinho servido com manjericão (R$ 25) e os dumplins Xian Bing Nirá com recheio de vegetais. Uma delícia com a pimentinha da casa (R$ 16 duas unidades).

Taiwan frango crocante bem sequinho com folhas de manjericão.*

O cardápio de Baos, sanduíches com pão bem macio cozido no vapor, também merece ser explorado. Prove o suculento Taiwan Bao Tradicional (R$ 20) que leva panceta, amendoim e coentro ou a versão com carne de porco desfiada (R$ 19). Para os vegetarianos tem opções com ‘carne’ vegetal e com cogumelos.

Taiwan Bao Pulled Pork com amendoim e coentro.*

Para refrescar você pode optar por bebidas taiwanesas como a sidra de maçã (R$ 8) ou pelas cervejas artesanais de Campinas da Cervejaria Tábuas, como a Lenha APA (R$ 31). Como as artesanais têm preço elevado você também pode contar com uma Heineken long neck (R$ 10).

Sidra taiwanesa é uma das opções para refrescar assim como as cervejas da Tábuas.*

Entre as duas opções de sobremesa está o intrigante Ice Bao – um pão no vapor recheado com sorvete de gergelim preto. A cor cinzenta do sorvete nã é muito atrativa, mas o saber é interessante. É legal para matar a curiosidade.

O cardápio do Mapu inclui pratos com arroz e noodles, mas na próxima vez eu chego lá. Legal dar uma espiada no Insta dos caras para ver os horários durante o Carnaval e checar cedo.

*Agradecimentos ao amigo Edgard Kanamaru pelas ótimas dicas gastronômicas e belas fotos.

Mapu restaurante
Rua Áurea, 307 – Vila Mariana, São Paulo (SP)
Tel. e WhatsApp: (11) 5083-4778

Horários: Terça a sexta das 18h30 às 22h. Sábado das 12h às 15h30 e das 18h30 às 22h (Fecha Domingo e Segunda).
Instagram: https://www.instagram.com/mapurestaurante/

Publicidade

A fila na porta do badalado Jojo Ramen, aberto no começo de maio, no Paraíso, é um exemplo de como o lamen vem encantando os paulistanos. Aqui no Braun Café, com a ajuda do amigo expert Edgard Kanamaru, vamos falar de três casas mais recentes dedicadas a esse prato tão querido dos japoneses.

Veja também: 8 dicas de lamen e udon para se esquentar em SP

2nd Floor Noodle Bar (em novo endereço)

O '2nd floor lamen' tem pancetta e ovo pochê bem molinho.

O ‘2nd floor lamen’ tem pancetta e ovo pochê bem molinho.

Antes situada no andar superior de uma casa, na Vila Mariana, a lamen house comandada por uma turma de jovens chefs se mudou para Moema. No cardápio, o pessoal reforça que trabalha com três caldos feitos artesanalmente, e sem conservantes, para compor as receitas. O resultado é evidente no saboroso prato de lamen, que leva o nome da casa (R$ 35), com caldo a base de shoyu, copa de lombo, pancetta, ovo pochê bem molinho e interessante variedade de algas.

Pãozinho Bun recheado de kimchi, pancetta e cebolinha é ótima opção de entrada no 2nd Floor Noodle Bar.

Bun recheado de kimchi, pancetta e cebolinha é ótima opção de entrada.

A cozinha inclui outros clássicos quentes como udon, domburi e tonkasu karê. Na entrada, peça os buns, pãezinhos macios feitos no vapor com recheios como o de kimchi e pancetta (dois por R$ 23). É um sucesso e vai bem com uma cervejinha (a witbier Or  Blanc Terezópolis sai por R$ 21). Na próxima quero provar as ‘korean ribs’ ao som de Queen e Aerosmith.

Jojo Ramen

Chio Ramen do Jojo com carne de porco finalizada na grelha e caldo bem saboroso.

Ramen Jojo com carne de porco finalizada na grelha e caldo bem saboroso.

Na primeira colherada você conclui que a espera de uma hora, em plena segunda-feira, valeu a pena. O caldo, bem temperado, tem um leve defumado das finas fatias de carne de porco finalizadas na grelha e a saborosa gordurinha aparente da carne de frango. A massa, que leva farinha de tapioca, é leve e delicada. O Ramen Jojo Shio (R$ 32) acompanha algas, broto de bambu e ovo curtido com gema macia. Uma explosão de sabores. Para beliscar, peça o ‘Kimuchi’,  acelga picante de origem coreana (R$ 4) e o Tsukudani (R$ 4), alga curtida com peixe. A cerveja Original de 300 ml sai por R$ 12.

Para beliscar: kimchi (ao fundo) e alga curtida com peixe (tsukudani).

Para beliscar: kimchi (ao fundo) e alga curtida com peixe (tsukudani).

Os sócios da casa investiram no conceito e importaram um chef do Japão para compor a receita, mas a maioria dos ingredientes é local. Não é à toa que encontramos a turma do 2nd Floor e o mestre Masanobu Haraguchi, do Ban, esperando para conferir a novidade. Legal o app da casa para você acompanhar a espera pelo smartphone. Dá tempo de tomar uma witbier no barzinho ao lado, o Açaí Burguer, e relaxar até chegar a sua vez.

Lamen Açu

O reconfortante Shio Lamen, do Lamen Açu.

O reconfortante Shio Lamen, do Lamen Açu, na versão com caldo de frango.

Esta casa de lamen abriu há menos de dois meses, perto da saída do Metrô Praça da Árvore e já tem uma pequena fila formada, basicamente, por moradores da região. Vale a pena esperar para comer o lamen servido no simpático restaurante. Prove o Shio Lamen (R$ 25), caldo temperado com sal. Pedi para trocarem o caldo de porco, que consta no cardápio, pelo de frango, que é consistente e saboroso.

Porção de guioza do Lamen Açu é boa pedida de entrada.

Porção de guioza do Açu é ótima entrada. Prove também a berinjela grelhada.

O macarrão, que não é feito na casa, é bem trabalhado e forma uma refeição reconfortante com os toppings chassu (fatias de carne de porco), cebolinha e vegetais. Nestes dias frios vale por um abraço. Se a fome for grande, vale pedir, de entrada, a berinjela grelhada (R$ 16), sem falar do saboroso guioza (R$ 16 a porção com seis). Além de lamen, a casa oferece pratos em formato de teishoku (de R$ 25 a 35).

2nd Floor Noodle Bar (novo endereço)
Alameda dos Nhambiquaras, 921 – Moema
Tel.: (11) 2339-8878

Não aceita cartões de crédito (Só débito ou dinheiro)

JoJo Ramen
Rua Dr. Rafael de Barros, 262 – Paraíso
Tel.: (11) 3279-5005

Segunda a Sábado das 18h30 às 22h.
Aceita cartões.

Lamen Açu
Rua Guaraú, 120 – Metrô Praça da Árvore.
Tel.: (11) 5589-9124
Terça a Domingo das 11h às 14h30 e das 18h às 21h30.
Aceita cartões e não cobra 10% de taxa de serviço.

Pães e frios à italiana

agosto 24, 2014

O surpreendente lombo de porco (lonza) é uma das atrações da loja de frios e pães italianos do Friccò

Lonza (lombo de porco) é uma das atrações da loja de frios e pães italianos do Friccò

Ciabuscolo ou ciavuscolo, uma espécie de pasta de salame tradicionalmente italiana, é uma das especialidades da loja de pães e embutidos do Friccò, na Vila Mariana. Aberto há pouco mais de dois anos, o local anexo ao restaurante oferece produtos feitos exatamente como na Itália. As técnicas foram ensinadas por produtores tradicionais das cidades de Norcia e Gubbio, na Úmbria – terra natal do chef Sauro Scarabotta, que comanda o Friccò há 17 anos – e no Marche, província vizinha da Úmbria e da Toscana.

Vitrine da salumeria e panetteria na Vila Mariana

Vitrine da loja de pães e embutidos anexa ao restaurante, na Vila Mariana

Atrás do balcão de frios, o chef Marcio Kimura explicou em detalhes o que aprendeu com os italianos. A suave mortadela da casa, por exemplo, é feita semanalmente, sem conservantes, e o prosciutto) da casa, segundo ele, “não fica devendo para nenhum [presunto espanhol] Pata Negra”.

Fiquei surpresa também com o lombo de porco (lonza) e sua expressiva capa de gordura. Depois de saborear uma fatia lentamente e sentir o sabor da gordura derretendo na boca, não tive dúvida. Levei meus 100 gramas de lonza cortado bem fininho (R$ 18), 100 gramas ciabúsculo (R$ 10) e um pão italiano tradicional (R$ 10) para celebrar em casa, com um bom tinto. Valeu cada centavo. Perfetto.

O delicioso ciabuscolo no pão italiano macio do Friccò

O delicioso ciabuscolo no pão italiano macio do Friccò

Pão quentinho
Se quiser provar um pão italiano ainda quente, a primeira fornada do Friccò sai por volta de 11h. Além do pão tradicional é possível encontrar o semi-integral (R$ 13) e o recheado (R$ 15). As focaccias variam de R$ 13, nos sabores de sal grosso e alecrim e tomate e orégano, a R$ 15, as especiais.

Panini
O cardápio do restaurante inclui sanduíches tradicionais feitos com os frios e pães da casa como panini de porchetta (barriga de porco), de legumes grelhados e de queijos (R$ 18 cada).

Cursos
O restaurante também oferece cursos de massas, pães e embutidos. Veja o calendário: http://www.fricco.com.br/cursos-e-eventos/agenda/

Friccò
Endereço: Cubatão, 831 – Vila Mariana, São Paulo – SP
Telefone: (11) 5084-0480
Horários: Terça e quarta das 12h às 15h. Quinta e sexta das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sábado das 12h às 16h30 e das 19h às 23h. Domingo das 12h às 16h30 (Segunda: fechado).
Cartões: débito

Jantar à italiana

dezembro 11, 2011

Meia garrafa do toscano Centine acompanhando um excelente jantar italiano no Zino Adega e Restaurante

O Zino Adega e Restaurante é um lugar que vale ter em mente quando se trata de comida italiana preparada com dedicação, bons vinhos e serviço atencioso, seja para um jantar romântico ou almoço descontraído.

O cardápio segue a linha dos restaurantes da Itália, com algumas sutilezas da nossa culinária como o risoto de castanha do Pará, que acompanha a respeitável coxa e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, ou os deliciosos pãezinhos de tapioca com queijo servidos no couvert. Veja todas as fotos dos pratos do Zino Adega no Flickr do Braun Café. Continue lendo »

Independente!

abril 17, 2010

Este ‘toast’ não trata de futebol – mesmo porque não sei qual será o destino do São Paulo neste domingo. Prefiro falar aqui sobre outra paixão, que vem tomando muitos brasileiros, especialmente no inverno: o vinho*.

La Cave Jado: vinho francês independente direto do produtor

Conheci recentemente a importadora La Cave Jado, aberta há certa de um ano na Vila Mariana com a proposta de oferecer vinhos franceses autênticos, de produtores independentes e sem intermediários. Lá entendi que ‘independente’ não é sinônimo de vinícola pequena ou ‘mambembe’, mas sim de um produtor que não vai se render para conquistar paladares internacionais… jamé!

Ao iniciar as visitas à sua terra Natal, há três anos, em busca de bons vinhos para trazer ao Brasil, Dorothée, uma das proprietárias da adega, conta que ouviu algumas propostas de criação ou adaptação de vinhos para nós, “como se o brasileiro só gostasse de um tipo de vinho, ou tivesse um único paladar… imagine”.

Degustação de pinot noir (Bourgogne e Sancerre) - outra categoria

O resultado da pequena adega é uma seleção de diversas regiões da França, com alta qualidade e bons preços começando na faixa de R$ 40 a R$ 50. O valor foge do meu orçamento de costume para vinhos, mas me parece um bom investimento para uma ocasião especial, para guardar na adega ou presentear bons amigos. (Renato Machado já elogiou a relação custo-benefício do local).

O espaço bem claro, simples e sem frescuras, apresenta seus vinhos em prateleiras improvisadas com caixas de madeira e vai ao que interessa. Quase todo o sábados, a cave oferece degustações (legal assinar a newsletter no site).

Degustações aos sábados com dicas da simpática Dorothée

Estive por lá para provar dois rótulos da uva pinot noir (Domaine Ninot 2006 de Bourgogne e Domaine Raimbult 2007 Sancerre, do vale do Loire) na faixa de R$ 80 a R$ 90. Estava fora do meu budget, mas tive a oportunidade de sentir outra categoria de pinot noir bem diferente da dos chilenos e argentinos.

Os dois vinhos de coloração mais suave eram extremamente leves e elegantes. O aroma era tão gostoso que o Dexter não queria mais largar a taça do Ninot. E a experiência ainda foi acompanhada de uma aula de vinhos franceses com a simpática Dorothée, que nos explicou sobre o método de produção ‘Sur lie‘ (sobre as borras), o segredo de um branco Muscadet que levei para casa (R$ 48).

Projeto iniciado há três anos e visitas frequentes à França atrás de produtores

Comprei também um Gamay (R$ 41) Domaine Rin Du Bois 2008 para experimentar e por enquanto é só. Os dois estão bem guardados aqui em casa, mas em breve quero fazer um brinde aos franceses independentes. Vive la révolution!

*O pouco que sei sobre vinhos me ajuda em alguns ‘chutes’ nas compras, mas as melhores dicas são de amigos como  o Fogaça, o Scaglia e o Ricardoc, além de um curso básico da Associação Brasileira de Sommeliers, que fiz em 2006 e recomendo – só preciso reler a apostila porque já esqueci 80% do conteúdo. Sobre futebol, tudo o que sei é torcer.

%d blogueiros gostam disto: