Vinagrete de polvo e TV de cachorro
outubro 30, 2007
Me lembrei de uma receita prática para o verão criada pela amiga Karina Gentile, que manifestou seu repúdio ao toast anterior, “O Polvo na TV“.
Basta comprar uma porção de vinagrete de polvo da rotisseria Bologna, cozinhar um spaghetti ou linguini, misturar e servir. Que beleza.
Se você não gosta de polvo pode experimentar o frango assado da Bologna. A Kay também já havia dado a dica. Este ano, a Vejinha endossou a opinião. A antiga rotisseria com clima de “O Poderoso Chefão” foi eleita a melhor de São Paulo.
O destaque é o frango na popular ‘televisão de cachorro’. Só recomendo que a macarronada você prepare em casa, belo. As massas de lá pesam bastante, literalmente. Veja as fotos no Flickr do Braun Café.
Bologna – Rua Augusta, 379, Consolação – São Paulo. Tels: (11) 3256-1108 / 6370.
O Polvo na TV
outubro 26, 2007
Que ostras* devem ser comidas vivas e polvos não devem ser muito cozidos ou ficam duros e sem gosto eu já tinha ouvido falar, mas o pessoal da Coréia exagerou. Agora um pouco de sensacionalismo, porque se o programa “O Povo na TV” e Airton Franco (que, segundo o Nando, lembra o Zé Bonitinho) estivessem no ar exibiriam esse vídeo.
“Neste registro inédito de Bob Kerr, uma turma de brasileiros come tentáculos de polvo vivos em um restaurante típico! Vejam o momento impressionante quando as pessoas atiçam os tentáculos e eles se movem freneticamente!”
“E não perca as fotos da excursão gastronômica de Bob na Coréia. Pode parecer uma tina de lentilhas, mas não… espere aí… são besouros cozidos! Milhares deles!”
Não conheço o Bob, que é amigo da Lygia e viajou a trabalho para a Coréia, mas gostei das imagens. Uma pessoa de coragem. Dobradinha para Kerr é fichinha.
Só ganha do Bob, o cara do filme “Old Boy” comendo um polvo inteiro vivo na cena que o Felitti mandou. É absolutamente grotesco. E ele morre no final.
*Voltando às ostras, esta semana o Nando me deu carona e comentou que certa vez, em Nova York (que chique) teve o prazer de comer uma porção de ostras de variadas procedências. Nando descobriu então, que além dos tamanhos diferentes (uma delas ele teve de comer com talher), cada uma tinha um gosto peculiar.
Guilherme Felitti, que estava no banco de trás e começou a conversa falando do No Reservations, nunca provou ostras. Eu e Nando nos comprometemos a levar o Felitti para comer as ostras. E já preparamos o terreno com alguns comentários: “elas são servidas vivas”, “e por isso dão pulinhos quando você joga o limão”, “ostras são estados quase sólidos do mar.”
E as lulas? Elas são macias e gostosas, mas se você cozinhar demais ficam parecendo câmaras de pneu. Por isso, antes de preparar suas lulas a provençal siga a dica de um dos chefs do Blue Tree, em Mogi das Cruzes (SP), onde comi um cozido com as lulas mais macias de todos os tempos: apenas escalde as lulas limpas com água fervente por um minutinho. Elas não vão se mexer. (Foto: Nando Rodrigues – Agosto/2007)
Até o talo
outubro 16, 2007
Hoje é o Dia Mundial da Alimentação. Esse blog, que tanto fala de comida, não iria desperdiçar o toque do amigo Ronaldo.
A data comemora a criação da FAO (Food and Agriculture Organization) fundada em 1945 pela Organização das Nações Unidas para conscientizar o mundo sobre o problema da fome.
“Se o nosso planeta produz comida suficiente para alimentar toda a sua população, por que 854 milhões de pessoas ainda dormem de estômago vazio?”, disse hoje o diretor geral da FAO, Jacques Diouf, na cerimônia que comemora a data.
Este ano, a campanha da FAO tem como tema “O Direito à Comida”. Aqui no Braun Café, onde todo mundo deve ter direito ao boteco e ao PF a preços honestos, vamos digerir algumas questões. Você tem se alimentado direito, meu jovem? Quanta comida joga fora?
Nos últimos anos, infelizmente, já vi muita comida sair da minha geladeira e ir direto para o lixo. E se você não usa esse precioso eletrodoméstico apenas para gelar cervejas e super bonder, também já viu muita coisa estragar.
Que tal evitar o desperdício? Dá pra ir ao mercado uma vez por semana – com pouca fome, de preferência -, comprar legumes congelados, calcular o que entra na panela, congelar logo o que sobrou, fechar bem o que deixou aberto – pode ser com pregador mesmo – etc. Não é difícil, faz bem para o bolso e para a consciência.
E os pilotos de fogão podem muito bem usar a criatividade e algumas dicas para aproveitar melhor o que vão cozinhar. Parece papo de nutricionista – Fabiana Braun vai gostar dessa – mas você pode comer até os talos, as folhas e as cascas sem fazer cara feia.
No restaurante Buttina, por exemplo, as cascas de beringela, abobrinha e outros legumes são torradinhas no azeite, salgadas e viram uma saborosa cortesia de entrada. A ONG Banco de Alimentos tem receitas que não são de jogar fora.
Vai deixar a cervejinha gelada estragar? Claro que não!
Faça o mesmo com a sua comida.
FonDri
agosto 29, 2007
Já que o frio voltou “pegando de surpresa os paulistanos”, nada como um vinho e um fondue feito em casa pra esquentar.
Esse ‘toast’ é uma homenagem à querida Adri Lutfi, que além de fazer um fondue leve e delicioso, incrementou os beliscos com opções criativas ao pão italiano, como legumes e damasco. Coisa fina.
Aqui vai a receita que ela mesma escreveu por e-mail para o Braun Café. Com vocês, o FonDri:
“A receita é simples… basta usar 500g de queijo ementhal e mais 300g de gorgonzola, ralados grossos. Eu não uso o gruyere, porque o gorgonzola dá um gosto mais marcante e especial. Para preparar, é necessário também ter vinho branco (Miolo é ótimo e barato), alho e noz moscada.
Untar a panela de fondue com 2 dentes de alho. Aquecer um pouco de vinho na panela (sem ferver) e ir acrescentando, aos poucos, o ementhal ralado. Mexer sempre. Terminado o ementhal, pingar mais vinho (o equivalente a 2 colheres de sopa) e colocar o gorgonzola por último, aos poucos.
O ideal é ir experimentando com o gorgonzola para evitar que o sabor fique marcante demais. Pode colocar mais vinho no fim também, porque ele faz com que a mistura combine mais com os legumes que vão mergulhar no queijo. O toque final é 1 colher de chá de noz moscada em pó. Levar a panela para a mesa.
Na mesa, além dos pães italianos, eu sirvo abobrinha, beringela, batata bolinha (aquela bem pequenininha), couve de bruxelas… você pode brincar com os legumes que quiser (e que fiquem em um tamanho bom para espetar).
Da última vez que fiz, experimentei com as batatinhas. Ficou uma delícia. A beringela também fica demais. Eu recomendo assar no forno antes (cortando-a em metades e, depois, em quadradinhos). Todos os legumes devem estar “al dente”, porque senão desmancharão dentro do queijo.
Outra dica: espetar damasco seco no queijo. Fica um tesão! É bom para quem gosta de misturar doce com salgado, mais para o final.
Para acompanhar, vinho branco ou tinto, ao gosto do freguês!” (Foto: Fiery-Foods.com)
Manjericão-pegadinha
agosto 22, 2007
Você já ouviu falar em Manjericão-limão? Eu também não conhecia esta variedade do mundo dos temperos até o último sábado à noite, quando dei uma passada rápida na Casa Santa Luzia para comprar tomates pelados e manjericão fresco.
Bem que eu vi na embalagem o “limão” no nome, mas nem dei bola. O formato era igualzinho ao do “manjericão-manjericão”. O jantar ficou ótimo, mas o molho do spaghetti ficou bastante ‘azedinho’.
Cozinhando e aprendendo: não seja Wilbour como eu. O Manjericão-limão não serve para seu molho de tomates, nem para sua caipirinha. No fim das contas, descobri um excelente tempero para peixes.