3 lugares para comer bem em Berlim
dezembro 18, 2016

Hello Good Pie: Torta de frango jamaicano, salada de grão de bico com cenouras e limonada com hortelã por 7 euros. Melhor lugar.
Minha primeira missão em Berlim foi comer uma torta. Larguei as malas, peguei o metrô e fui direto pra Hello Good Pie, dica preciosa da amigóla Kay Gentile. Com um nome-trocadilho sensacional, o simpático café no bairro de Kreuzberg é especializado em tortas caseiras, com ingredientes orgânicos e preço bem amigo.
Antes de Berlim, o Braun Café passou por Viena e Praga. Veja as outras dicas desta viagem:
Dois banquetes, um doce e um café em Viena
Praga, a maravilhosa cidadezinha mágica
Estive por lá por volta das 15h e peguei uma promoção do almoço (torta + acompanhamento + suco). Escolhi a de frango jamaicano (massa macia e recheio suculento com especiarias), salada de grão de bico com cenouras e uma refrescante limonada com hortelã. Tudo por 7 euros. Oi? “You say good pie, and I say hello”.
Entre as versões doces, provei a sensacional e fofinha torta de peras caramelizadas e amêndoas com um expresso. Que delícia de almoço. Repito aqui o que a Kay me disse antes da viagem: “Vai pra Berlim e vai na Hello Good Pie”. Obrigada amiga.
A segunda missão veio do Tony, o Bourdain, de um antigo episódio de No Reservations: almoçar na Rogacki, tradicional delicatessen de Berlim (desde 1928). O lugar histórico merece uma volta para admirar as vitrines de embutidos multicoloridos, frutos do mar, peixes curtidos e arenques.
O esquema do almoço é simples: você entra na fila com sua bandeja, faz uma mímica para indicar o que deseja, caso não fale alemão, escolhe uma bebida (pedi um refri de maçã), paga a conta e se acomoda em um dos balcões para comer em pé. É assim mesmo. E depois de provar o maravilhoso filé de peixe empanado e as saladas de batatas do lugar, talvez você queira se ajoelhar…
Em Berlim resolvi dar uma variada no cardápio e a localização do flat ajudou muito. A Winterfeldstrasse, no bairro de Schoneberg, tem uma área com bares e restaurantes de diversas origens (indiano, grego, libanês, italiano, tailandês etc.). Recomendo o curry verde tailandês do Papaya (10 euros) . Também deu pra explorar o belíssimo mercado local, o Kaiser’s. Em junho, estação dos aspargos, fiz até spaghetti com aspargos brancos e tomatinhos. Ficou bem bom.
Mas no último jantar da viagem, na cidade que mais me emocionou, eu queria me despedir da cozinha local. No passeio pelo Gendarmenmarkt, a gente topou com a cervejaria Augustiner e foi o lugar perfeito para me despedir do Wiener Schnitzel. A pielsen de lá é uma delícia, mas se estiver no pique de vinho, recomendo uma taça do Grauburgunder Brunhilde (delicioso).
O prato do Fábio estava ainda mais gostoso: suculenta linguiça caseira grelhada com purê de batatas bem cremoso. Deu água na boca só de lembrar. A conta toda desse jantar perfeito saiu 49 euros. Valeu o investimento. Vielen danke Berlim!
Augustiner
Charlottenstrasse, 55, Gendarmenmarkt – Berlim
Metrô: U Franz. Str.
http://www.augustiner-braeu-berlin.de/
Hello Good Pie
Falckensteinstrasse, 9, Kreusberg – Berlim
Metrô: estação U-Bhf Schlesisches Tor
www.hellogoodpie.de
Rogacki Delicatessen
Wilmersdorfer Strasse, 145, Charlottenburg – Berlim
Metrô: estação U Bismarckstrasse
www.rogacki.de
Berlim, Praga Connection e Budapeste
junho 7, 2009

Almoço no Kampa com amigo de Lucas Mendes e Paulo Francis. Foto: divulgação
Por Cecília Araújo*
Quando chegar a uma cidade na República Tcheca, se não souber falar ou ler tcheco, não chegue aos domingos. Caso aconteça, tenha paciência porque os balcões de informação estão fechados e você vai levar uma hora para comprar seu bilhete de metrô… e 1 minuto para descer até a plataforma na escala rolante mais rápida do mundo!

Confit de pato com cassoulet no restaurante Kampa, em Praga. Foto: Cecília Araújo
No primeiro dia, em Praga, recomendo um passeio de barco pela cidade, que faz parte de um city tour gigante, mas os 40 minutos no Rio Vltava já ajudam a te localizar na cidade.

Prato do dia em Praga: batatas gratinadas, filé de frango e mussarela de búfala com molho de frutas vermelhas.
Foi no barco que conheci Bernard, um negociador de vinhos aposentado, e seu filho Alex, dois norte-americanos muito simpáticos.
Quando falei que era do Brasil descobri que Bernard era um ótimo contador de histórias: passou a lua-de-mel por aqui, viajou pelo País, morou em Nova Iorque, onde tinha diversos amigos brasileiros: Lucas Mendes, Paulo Francis (jogava pôker com Francis) e James, sim o criador do vinho Marcus James. O James era simpático, contou Bernard, já o vinho…

Berlim: ótimos kebabs como este, no prato, em um restaurante turco
Bernard (Forrest Gump) passou apuros no Rio de Janeiro, por sua conta e risco. Resolveu pegar a ponte aérea Rio-São Paulo sem documentos, enfrentou o policial e foi demovido com uma arma na cabeça. A ousadia virou história de boteco e rendeu uma charge… do Henfil.

Berlim: tradicional eisben cozido com batatas e purê de maçã
Após um passeio com a dupla pela cidade, fui convidada para almoçar no Kampa Park, um restaurante bem bacana, na beira do rio. Pelo estilo achei que minhas economias acabariam ali, mas até que não saiu tão caro… pra falar a verdade, saiu de graça porque Bernard é um cavalheiro.
O restaurante oferece um menu especial de almoço, com opções bem interessantes. Escolhi um confit de pato com cassoulet de feijão branco, linguiça e bacon crocante (48 reais), que estava sensacional. Para beber escolhemos um vinho branco local [e agora prepare seu tcheco], o “Vinohrad, Ryzlink Rýnský, Kolekce Premium, 2007”. Não entendeu nada? Tudo bem. Estava uma delícia e custava 68 reais.
A sobremesa deliciosa era um prato de panquecas tchecas (fofinhas com a aparência de rabanadas) com molho de frutas vermelhas e creme branco de canela. Afff…
O atendimento do local merece destaque, não só porque a cada troca de pratos eu era chamada de ‘madam’, mas porque os garçons eram extremamente bonitos. Os homens de Praga são bem apessoados, em geral, mas a equipe do Kampa devia ter outra genética.

Budapeste: visite o Mercado Municipal e reserve quatro dias para conhecer a cidade
Café astronômico
Praga é uma cidade tão turística, que foi difícil saber onde os locais vivem – talvez eles morem nos restaurantes. Como tal, também reserva armadilhas. Fui esperar a hora cheia do relógio astronômico da cidade – quando vários bonequinhos saem pela janela – tomando um café expresso, que custou astronômicos 7 euros. E os bonequinhos nem tinham tanta graça.
A viagem começou em Berlim, onde comi uma deliciosa porção de falafel (4,50 euros), um kebab gostoso e muito bem servido (3 euros) e um tradicional eisbein cozido com batatas, que estava ok.

Ótimas cervejas tchecas, mas sempre em tamanho grande
Cervejas, claro, tomei todas e as tchecas eram as melhores, mas os nomes se parecem com o do vinho branco, então deixa pra lá. E se você quiser tomar só um chopinho, só um garotinho, esqueça. Os bares de Berlim, Praga e Budapeste não servem pouca cerveja.
Vinho dos reis
Não saia da Hungria sem comprar pelo menos uma garrafa de Tokaji Szamorodni, vinho de sobremesa tradicional de lá. Trouxe meia garrafa do “vinho dos reis” por apenas 8 euros.
Última dica: nunca tente pegar o metrô em Budapeste após algumas cervejas. Como diz o Chico Buarque, húngaro é o único idioma que o diabo respeita.

Albergue em Berlim: clima bacana e local organizado
Hospedagem:
Berlim – Wombats Hostel (20 euros a diária)
Praga – Akcent Hotel
Budapeste – Golden Park Hotel
*Cecília Araújo é publicitária, amigona do coração e sempre faz viagens bacanas pelo mundo.