Bar da cervejaria artesanal Baladin, em Milão

Bar da cervejaria artesanal Baladin, em Milão

Em 14 dias de aventuras pelo Norte da Itália, você come muita massa e bebe muito vinho. É sensacional, claro. Mas na última noite, depois de pirar na megaloja do Eataly, em Milão, e pegar a maior chuva da viagem, dei de cara com um bar da cervejaria Baladin e aí foi só alegria.

Do cardápio, mezzo italiano mezzo alemão, a escolha foi uma porção de apetitosas salsichas variadas (a de cordeiro estava sensacional) com cebola roxa caramelizada e fritas crocantes pra acompanhar. Harmonia perfeita com a Isaac, a cerveja da qual eu não queria me despedir. Depois, descobri que ela é vendida em São Paulo. É cara, mas dá pra matar a saudade, de vez em quando.

Favorita: Isaac, a cerveja de trigo frutada (Witbier) da Baladin

Favorita: Isaac, a cerveja de trigo frutada (Witbier) da Baladin

No dia seguinte, de malas prontas para ir embora, ainda rolou um passeio na catedral de Milão (belíssimo) e o almoço de despedida no Rifugio del Ghiottone, um restaurante simples e honesto, que recebe os trabalhadores das redondezas. O dono, um senhor alto e simpático, circula pelas mesas conversando com os fregueses e aparece em milhares de fotos enquadradas nas paredes com clientes ilustres, aparentemente famosos locais, que visitam seu restaurante.

Porção de salsichas  mistas com cebola roxa caramelizada e fritas, no Pub da cervejaria Baladin

Porção de salsichas mistas com cebola roxa caramelizada e fritas, no Pub da cervejaria Baladin

Com um menu executivo completo (entrada, principal, sobremesa e café) por 13 euros, o restaurante atrai as pessoas que trabalham na área. E enquanto eu esperava o meu penne com aspargos e tomates (leve e delicioso), observei um comportamento interessante: nas duas mesas com grupos de quatro e cinco pessoas, ao meu lado, nada de celular. Era o intervalo de trabalho e nenhum aparelho estava visível sobre a mesa. Ninguém largou o talher e o bate-papo nem para dar uma espiadinha em algum “whatsapp” da vida.

Bom… guardei meu aparelho na hora e me concentrei no prato, um levissimo penne com molho de aspargos e tomates, e saí de lá levando mais uma importante lição dos italianos sobre apreciar la dolce vita.

Baladin Milano
Via Solferino, 56 (Porta Nuova) – Milão, Itália

Eataly
Piazza XXV Aprile, 10 – Milão, Itália

Il Rifugio del Ghiottone
Viale Monte Grappa, 2 – Milão, Itália

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Despedida alla milanese

agosto 20, 2011

Cotoletta alla milanese de vitelo no restaurante 'A Summer Place'

Quando me perguntam se gosto de comer bastante, ultimamente, mostro uma foto do jantar de despedida da Itália. Em Milão encarei o maior bife à milanesa que já comi na vida, acompanhado de saladinha de alface, azeitonas e doces tomates cereja, além de uma porção de batatinhas assadas que o garçom sugeriu.

A cotoletta alla milanese é um dos pratos típicos de Milão, a última parada após 22 dias de encantos e sabores da ‘terra nostra’.

O clássico risotto milanese atua bem como coadjuvante

O risotto alla milanese também é muito bom… como coadjuvante. Este foi meu ‘primi piatti’ no restaurante ‘A Summer Place‘, em frente ao hotel, mas fiquei de olho no milanesa de vitelo do Fábio. O estabelecimento leva o nome de um filme de Holywood, da década de 60, produzido pelo pai do proprietário. Na homenagem, ele espalhou fotos, pôsteres e todas as referências possíveis nas paredes do restaurante.

Antepasto: salames variados e massa de pizza crocante

Mas a cena principal do jantar era o bife tão bem servido como o que pedi no dia seguinte, só que mais tenro. O antepasto com salames da casa e massa de pizza crocante com azeite também estava gostoso.

Na última noite chuvosa em Milão, voltando de um passeio pelo belo museu do Castello Sforzesco, paramos no restaurante e pizzaria One Wal della Speranza. Foi lá que provei o delicioso e gigantesco bife à milanesa empanado até o osso.

A última ceia na Itália: grandioso bife à milanesa do 'One Way della Speranza"

“Não vale pedir ajuda para ele, hein?”, disse o garçom brincalhão ao casal, enquanto servia o filé no prato de uma pizza média (12 euros). Mal sabia ele que eu estava preparada para devorar a cotoletta sem deixar rastros. No fim do jantar recebi cumprimentos: “Bravo!”, exclamou o garçom.

Quando for a Milão não deixe de reservar com muita antecedência uma visita ao convento Santa Maria delle Grazie para ver de perto o afresco da Santa Ceia, de Da Vinci. Juro que tentei um ingresso na semana anterior, mas nada feito. Outra dica preciosa, se não estiver chovendo como foi meu caso: visite o Lago de Como, a 40 minutos de Milão, perto da divisa com a Suíça.

A Summer Place
Via Lazzaro Palazzi, 23 – Milão, Itália
Tel.: +39 02 2940 5454

One Way della Speranza
Via Lecco, 7 – Milão, Itália
Tel.: +39 02 2951 4542

Aproveito o ‘toast’ para incluir dicas preciosas do amigo Paulo Guastella, que já morou por lá e descobriu cantinhos interessantes da cidade. Grazie bello!

Happy-hour:

“Você paga o drink e come o quanto quiser”. Sugestões de lugares:

Exploit – Via Pioppette, nº 3 – Tel.:  +39 02 8940 8675

Bar Straf (do Hotel Straf) – Via San Raffaele, 3 (na rua ao lado da Rinascente) – Tel.: + 39 02 805081

Iguana Café – Via Papa Gregorio Xiv, 16 – Tel.:  +39 02 8940 4195 (em Ticinese, região ‘cool’ de Milão)

Restaurantes:

Tratoria Toscana na região da Porta Ticinese
Corso di Porta Ticinese 58 – Tel.: +39 02 8940 6292      

PapperMoon: tradicional com bom preço e qualidade
Via Bagutta, 1 (colado na estação do metrô San Babila) – Tel.: +39 02 7602 22 97     

Comidinhas:

Panzerotti Luini: pastel folhado com recheio de ‘mozzarella, pomodori freschi e basílico’ ou de ‘mozzarella com pesto de basílico’. Via S. Radegonda, 16 – Tel.: +39 02 8646 1917 (travessa do Corso Vittorio Emmanuelle bem ao lado do Cinema tradicional de Milão).

Piadina:
sanduíche fininho. Você escolhe o recheio. Muuuito bom!

Um gelatto depois da Santa Ceia: Gelateria Marghera – Via Marghera, 33 (perto da Piazza Santa Maria delle Grazie)

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