Praga vista da Ponte Carlos sobre o Rio Moldava.

A encantadora Praga vista da Ponte Carlos, sobre o Rio Moldava.

Se existe uma cidade que vai te encantar a cada esquina, posso dizer que é Praga. Outra coisa que vai te surpreender é a coroa tcheca, amiga dos turistas. Me diga onde é que duas pessoas vão jantar um imenso e suculento joelho de porco, tomar cerveja premiada e pagar R$ 47? Só nesse lugar mágico mesmo.

Além de Praga, o Braun Café passou por Viena e Berlim. Veja as outras dicas desta viagem:
Dois banquetes, um doce e um café em Viena
3 lugares para comer bem em Berlim

Almoço na feirinha medieval: lombo de porco na brasa, pão caseiro, chucrute e pepino em conserva. Cerveja artesanal para refrescar.

Almoço na feirinha medieval: lombo de porco na brasa, pão caseiro, chucrute e pepino em conserva. Cerveja artesanal para refrescar.

A cidade ideal é andar a pé, tranquilamente, pela cidade. A única coisa fora do ritmo é a escada rolante do metrô – ela é bem animada. Meu guia foi o podcast do Rick Steves, perfeito para entender o contexto histórico da cidade, conhecer as construções mais interessantes, muitas no belíssimo estilo art nouveau, e encontrar lugares curiosos como a estátua equestre de São Venceslau, na Galeria Lucerna, ou o Museu do Comunismo, que fica entre uma loja do McDonald’s e um cassino.

Estátua equestre de São Venceslau na escondida Galeria Lucerna.

Estátua equestre de São Venceslau, na antiga Galeria Lucerna.

A parada para o almoço foi em uma feirinha medieval perto da Torre da Pólvora. Pedi uma bela fatia de lombo de porco na brasa, acompanhada de chucrute, pepino em conserva e uma fatia de pão caseiro. Para beber, uma deliciosa e refrescante cerveja artesanal. Tudo deve ter custado o equivalente a uns R$ 15.

O desafiador joelho de porco com picles do restaurante Amos.

O desafiador joelho de porco com picles do restaurante Amos.

A culinária local é influenciada pelos tempos do império Austro-Húngaro e tem muitos pratos à base de carne de porco, incluindo o clássico eisbein. Essa foi nossa pedida para o jantar, após um longo dia de caminhada. O lugar escolhido foi o simpático Restaurante Amos, no centro da cidade.

Já espertos com o tamanho das porções, pedimos somente um joelho de porco, acompanhado de picles. E não precisava de mais nada mesmo. Encaramos o delicioso desafio com a companhia da premiada Pilsner Urquell, que você encontra no supermercado local pelo preço de uma cerveja nacional simples [e tem vontade de chorar]. A conta do jantar para dois saiu por R$ 47, com o serviço. O que dizer? Saudade Praga… saudade.

A massa do Trdelník, o doce mais tradicional da cidade.

A massa do Trdelník, o doce mais tradicional da cidade.

Um arrependimento: com tanta fartura não dei conta da sobremesa. Deixei de provar o Trdelník, o doce de massa recheada mais popular de Praga. Que pena. Agora vou ter que voltar.

Amos Restaurant
Masná, 17 – Praga
+420 222 323 933

info@amosrestaurant.cz
Aberto diariamente, das 11h às 23h.

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Delícias do leste

agosto 7, 2010

* Por Jordana Viotto

 

As placas com palavras ininteligíveis, esquisitas e até engraçadas (Droga Pozarowa!, algo como rotas de incêndio, pelo que pude ver nos tradutores online) são o primeiro indício de que a comunicação não será nada fácil. Ainda mais em um lugar como a Polônia, em que pouquíssima gente fala inglês.

Mas você consegue se virar com alguns ingredientes:

– duas palavras: Dzień dobry (/dindobre/ = bom dia, boa tarde, oi, serve pra muita coisa) e Dziękuję (/djenkúiê/ = obrigado)

– criatividade para gesticular

– sorte para encontrar pessoas dispostas a ajudar turistas perdidos. É, às vezes, nem os profissionais como atendentes ou garçons estão com AQUELA vontade. Em compensação, é possível achar pessoas tão bacanas que são capazes de desviar seu caminho para te ajudar.

Restaurante com mesinhas para fora em Varsóvia

A primeira coisa que notei quando dei minha primeira caminhada por Varsóvia é que as ruas parecem cenários de filme, de tão charmosas. As floreiras pelas calçadas, os prédios históricos e os cafés e restaurantes com mesinhas na calçada dão aquele ar de cidade romântica e, ao mesmo tempo, descolada.

Não dá pra chegar à Polônia e não provar uma vódega de cara. Não experimentei muitas, mas posso dizer que a Wiborowa é uma boa pedida. Leve, suave, pode ser tomada pura, com gelo ou em um drinque. E garanto: mesmo se você der uma abusadinha (inha), não dá ressaca no dia seguinte.

Se o seu negócio for cerveja, aposte na popular lager Lech.

Pierogi em Cracóvia

A especialidade culinária local, o pierogi, só experimentei quando cheguei à Cracóvia. O pierogi parece um ravioli – uma massa recheada – mas tem um sabor peculiar. A massa é mais leve e o gosto vem principalmente do recheio, que pode ser de carne, repolho ou queijo. Experimentei o de carne e o de queijo. Adorei os dois.

Pilsner Urquell, cerveja local (Praga)

A experiência foi especial porque o restaurante que eu e minha companheira de viagem escolhemos era em frente ao castelo real da cidade, monumento obrigatório aos visitantes. Não me lembro do nome do restaurante, mas é fácil achá-lo. Fica em uma esquina (Straszewskiego com Podzamcze) quase em frente à rampa que leva à entrada do castelo e tem guarda-sóis verdes, da Heineken. Gastamos menos do que o equivalente 25 reais por duas porções e dois chopes, combustível ideal para a viagem de oito horas até Praga.

Café em Praga

Viajamos durante a noite e, quando chegamos lá, tomamos um café da manhã ‘delícia’ no Hotel City Centre. Frutas, pães, geléias, manteiga, iogurte caseiro, leite. Isso mais um quarto lindo e limpíssimo no centro da cidade por 55 euros a diária – uma das melhores ofertas locais entre os hotéis.

(Nota: em Praga, dá para se virar no inglês.)

Depois de uma volta pelo centro – que é tão charmoso quanto as duas outras cidades -, mais uma pausa. Ao redor da praça principal (Old Town Square) há vários restaurantes e cafés ‘bacanudos’ onde demos uma pausa para uma cerveja. Um pint por 10 reais. Ok, caro. Mas tomar uma Pilsner Urquell (a tcheca que mais encontramos nos restaurantes e bares) observando o movimento da praça principal de Praga não tem preço.

Degustação de queijos no Kampa Park

Ainda na linha “15 minutos de glamour e riqueza”, fomos até o restaurante Kampa Park, à beira do rio Vlatva. Um daqueles locais onde você só encontra os “bem-nascidos” de… do mundo inteiro. Pra não perder a pose e não deixar as calças, pedimos uma porção de queijos (Roquefort, Camembert du Calvados, Comtesse di Vicky, Selles-sur-Cher) por 50 reais (é, bem caro… mas tem ‘valor agregado’ J), duas cervejas por 7 reais e uma sobremesa (Strawberry cappuccino com sorvete de baunilha, merengue e frutas silvestres) pela “bagatela” de 20 reais.

Strawberry Cappuccino

E apesar do imenso gasto e das porções nada imensas, o serviço nem é tão bom. Só vá pela pausa à beira do rio e pelos 15 minutos de glamour e riqueza…

Subimos até o castelo da cidade e passamos por uma barraca de “super fresh drinks”. Necessário nos mais de 30 graus do verão de Praga.

Barraca de “super fresh drinks” à base de frutas na subida para o castelo de Praga

Na descida, passamos por um parque onde há vários cafés e restaurantes legais a preços ok e uma winery. Não comemos, mas deu vontade. Se tivesse um dia a mais, certamente aproveitaria.

Queijo com cerveja e molho de mostarda no restaurante Malostranská

No dia seguinte, o almoço foi mais modesto no preço e mais caprichado no tamanho. Comemos no Malostranská, comida típica tcheca a preços ok, em frente ao Museu Kafka (obrigatório). O queijo com cerveja é legal pelo inusitado (mais ou menos 6 reais), mas a salsicha assada na cerveja preta (7 reais) é simplesmente espetacular. Para acompanhar, o repolho é uma boa pedida.

Salsicha assada na cerveja preta do restaurante Malostranská

Para terminar, não dá pra pular a visita ao Viva Praha (Rua Celetna, 10, pertinho da praça principal), uma (fantástica) fábrica de chocolates onde dá pra ver o pessoal preparando as balinhas e docinhos, visitar o Museu do Chocolate e, claro, comprar doces para a família toda. E, no caso das garotas, para as TPMs do ano inteiro.

Funcionários fazendo doces no Viva Praha

*Jordana Viotto sempre conta ao Braun Café suas descobertas sobre as delícias da vida. Se quiser mais dicas do leste europeu, leia também o post da Cecília, que esteve por lá no ano passado e também adorou.

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