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Sede da vinícola Le Marchesine, produtora de Franciacorta, em Brescia, no Norte da Itália.

Os franceses têm Champagne e os italianos têm Franciacorta. O Braun Café resgata aqui a memória de um dia inesquecível na região da Lombardia, no Norte da Itália, onde esse precioso espumante é produzido.

A matriarca da família Baetta, dona Giuliana brinda com um dos champagnes à italiana produzidos na vinícola da família.

A matriarca da família Biatta, dona Giuliana brinda com um dos rótulos de Franciacorta produzidos na vinícola da família.

Em um dia ensolarado de novembro de 2014, lá estava eu pegando 35 minutos de trem de Verona para a província de Brescia, ansiosa para experimentar o famoso Franciacorta, na vinícola Le Marchesine, uma das cinco maiores da região. Quem me falou do vinho foi a querida Fabíola, que me passou o contato do Giuseppe, representante da vinícola por aqui. (Sim! Tem Franciacorta no Brasil. Veja abaixo algumas dicas de locais e preços).*

Um dos rótulos da Le Marchesine. (Foto: Instagram @lemarchesine)

Um dos rótulos da Le Marchesine. (Foto: Instagram @lemarchesine)

Dona Giuliana Biatta e sua família nos receberam carinhosamente na propriedade, que é da família desde 1985, para conhecermos a produção do Franciacorta. O espumante feito com uvas chardonnay, pinot branc e um toque de pinot noir, tem um tempo médio de 18 meses de fermentação em garrafa.

Franciacorta oi inspirado em uma visita à região de Champagne, nos anos 60.

Franciacorta surgiu após uma visita à província de Champagne, nos anos 60.

Os italianos evitam comparações com Champagne, embora a inspiração tenha vindo de lá. Em meados da década de 60, um jovem meio rebelde chamado Mauricio Zanella, foi encaminhado pelo pai, um produtor de vinhos da Brescia, para estudar na França e entrar na linha. Foi lá que o jovem

O deslumbrante Lago de Iseo é uma das atrações turísticas de Brescia.

O deslumbrante Lago de Iseo é uma das atrações turísticas de Brescia.

resolveu fazer uma visita à região de Champagne, se apaixonou e voltou pra casa com uma ideia na cabeça, que se transformou em um dos orgulhos da Itália.

O espumante também tem sua taça, diferente da flûte, criada especificamente para ele. A bebida é suave e vibrante, com delicadas ‘bolhinhas’ e um leve aroma de fermento… de alegria… de Franciacorta.

Almoço no Ristorante Il Paiolo, em Iseo. Embutidos artesanais e aspargos à milanesa.

Ristorante Il Paiolo, em Iseo, serve deliciosos aspargos à milanesa.

Após a visita à vinícola, fomos almoçar no Ristorante Il Paiolo na pequenina cidade de Iseo, onde também é servido o Franciacorta da família. Fico emocionada de lembrar dos embutidos e dos aspargos à milanesa desse lugar.

Piazza del Porto é um dos vilarejos ao redor do Lago de Iseo.

Piazza del Porto é um dos vilarejos ao redor do Lago de Iseo.

Iseo é uma das pequenas cidades que circundam o deslumbrante Lago de Iseo, atração turística de Brescia. O lado, que faz divisa entre a Depois do almoço, demos uma volta de carro por todo o lago, parando em alguns pontos para admirar as paisagens dos vilarejos, das montanhas e do pôr do sol de um dia inesquecível. Um brinde aos momentos felizes e inesquecíveis que virão. Feliz 2017!

Onde encontrar:
Os preços do Franciacorta podem variar bastante por fatores como tempo de fermentação em garrafa, safra e tradição da vinícola. Todos têm a Demoninação de Origem Controlada e Garantida (DOCG). Alguns exemplos que encontrei:
Villa Crespia Franciacorta (R$ 108 na Gran Cru)
Le Marchesine Franciacorta Brut (US$ 43 dólares no Duty Free)
Monte Rossa (R$ 180 e R$ 270 no supermercado Saint Marche)
Bellavista Alma Cuvée (R$ 345 na World Wine)
Cuvée Prestige Ca´Del Bosco (R$ 329 na Mistral)

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Entrada do Mercado Agrícola de Montevideo, ótimo lugar para passear e descobrir os sabores locais.

Entrada do Mercado Agrícola de Montevidéu, reformado em 2013.

Montevidéu é um destino bem bacana e acessível para passar uma semana de ‘mini férias’ ou um feriado prolongado, por exemplo. Aqui vão algumas dicas de sabores que o Braun Café resgatou de uma deliciosa viagem em outubro de 2013.

A parrilha da Estación Del Puerto, no tradicional Mercado del Puerto.

A parrilha da Estación Del Puerto, no tradicional Mercado del Puerto.

O primeiro sabor da minha memória de Montevidéu é a carne uruguaia, de excelente qualidade e bom preço. No clássico Mercado del Puerto, paramos no balcão da Estación del Puerto para admirar o trabalho do churrasqueiro e já nos acomodamos no balcão. Para beliscar, pedimos uma saborosa linguiça, com pãozinho e cerveja local (Zillertal, se não me engano).

Para duas pessoas, uma opção é o contra-filé com fritas do Estación Del Puerto. Para três, a parrilla vale a pena.

Para duas pessoas, uma opção é o contra-filé com fritas do Estación Del Puerto. Para três, a parrilla vale a pena.

A parrilla clássica, com mix de carnes, pimentões, cebola e batatas na brasa, serve bem três pessoas por um valor equivalente a R$ 90. Como estávamos em dupla, pedimos um suculento contra-filé com fritas e salada, que estava muito bom (as fritas não estavam crocantes. Talvez seja mais negócio pedir a batata assada na brasa).

Banca do Mercado Agrícola de Montevideo. fazendo arte.

Banca do Mercado Agrícola de Montevideo. fazendo arte.

Não deixe de explorar o histórico Mercado Agrícola, que foi todo reformado em 2013 . Você pode ir antes do almoço, ver as bancas de legumes e frutas arrumados em forma de borboleta, as lojas de produtos locais e os empórios com vinhos, doces de leite e suas variações (recomendo a Lapataia).

Interior do Mercado Agrícola, reformado em 2013.

Interior do Mercado Agrícola, reformado em 2013.

Na área de alimentação dá pra fazer uma degustação de cervejas artesanais na Choperia Mastra.

Tour com degustação na vinícola Bouzas, a dez minutos da cidade.

Tour com degustação na vinícola Bouzas, a dez minutos da cidade.

Minha dica mais preciosa é a visita com degustação à Bouza Bodega Boutique, que fica a dez minutos da cidade. Foi o passeio mais legal da viagem.

Coleção de carros e motos antigos da família Bouzas.

Tour passa por uma surpreendente coleção de carros e motos antigos.

A Bouza se denomina uma ‘vinícola boutique’ pela produção em menor escala e pela qualidade. Além de conhecer os vinhedos e a adega, o tour da Bouza ainda passa por uma coleção histórica de carros e motos antigos. No restaurante da vinícola fizemos a degustação de cinco tipos de vinho com pães artesanais, queijos e frios produzidos localmente (sensacional).

O memorável Cocó, em destaque na degustação da vinícola boutique.

Degustação de vinhos com pães, queijos e embutidos feitos no local. 

O mais marcante foi o vinho branco Cocó (em homenagem ao apelido da matriarca da família), feito com uma combinação perfeita de uvas (60% alvarinho e 40% chardonnay). Já alegre com a degustação, você pode comprar o Cocó e outros rótulos da Bouza na lojinha ao lado do restaurante, em pesos uruguaios, e trazer pra casa um sabor memorável das terras uruguaias. Salud!

Bouza Bodega Boutique
Cno. de la Redención, 7658 bis
Tels.: (598) 2323 7491 / 2323 3872
Restaurante: (598) 2323 4030
Montevideo – Uruguay
bouza@bodegabouza.com
visitas@bodegabouza.com
http://www.bodegabouza.com/

Mercado Agrícola
José L. Terra, 2220
Montevideo – Uruguai
https://www.facebook.com/mercadoagricolamontevideo/

Mercado Del Puerto
Rambla 25 de Agosto de 1825 228, 11000
Montevideo – Uruguai
http://mercadodelpuerto.com.uy/

Praga vista da Ponte Carlos sobre o Rio Moldava.

A encantadora Praga vista da Ponte Carlos, sobre o Rio Moldava.

Se existe uma cidade que vai te encantar a cada esquina, posso dizer que é Praga. Outra coisa que vai te surpreender é a coroa tcheca, amiga dos turistas. Me diga onde é que duas pessoas vão jantar um imenso e suculento joelho de porco, tomar cerveja premiada e pagar R$ 47? Só nesse lugar mágico mesmo.

Além de Praga, o Braun Café passou por Viena e Berlim. Veja as outras dicas desta viagem:
Dois banquetes, um doce e um café em Viena
3 lugares para comer bem em Berlim

Almoço na feirinha medieval: lombo de porco na brasa, pão caseiro, chucrute e pepino em conserva. Cerveja artesanal para refrescar.

Almoço na feirinha medieval: lombo de porco na brasa, pão caseiro, chucrute e pepino em conserva. Cerveja artesanal para refrescar.

A cidade ideal é andar a pé, tranquilamente, pela cidade. A única coisa fora do ritmo é a escada rolante do metrô – ela é bem animada. Meu guia foi o podcast do Rick Steves, perfeito para entender o contexto histórico da cidade, conhecer as construções mais interessantes, muitas no belíssimo estilo art nouveau, e encontrar lugares curiosos como a estátua equestre de São Venceslau, na Galeria Lucerna, ou o Museu do Comunismo, que fica entre uma loja do McDonald’s e um cassino.

Estátua equestre de São Venceslau na escondida Galeria Lucerna.

Estátua equestre de São Venceslau, na antiga Galeria Lucerna.

A parada para o almoço foi em uma feirinha medieval perto da Torre da Pólvora. Pedi uma bela fatia de lombo de porco na brasa, acompanhada de chucrute, pepino em conserva e uma fatia de pão caseiro. Para beber, uma deliciosa e refrescante cerveja artesanal. Tudo deve ter custado o equivalente a uns R$ 15.

O desafiador joelho de porco com picles do restaurante Amos.

O desafiador joelho de porco com picles do restaurante Amos.

A culinária local é influenciada pelos tempos do império Austro-Húngaro e tem muitos pratos à base de carne de porco, incluindo o clássico eisbein. Essa foi nossa pedida para o jantar, após um longo dia de caminhada. O lugar escolhido foi o simpático Restaurante Amos, no centro da cidade.

Já espertos com o tamanho das porções, pedimos somente um joelho de porco, acompanhado de picles. E não precisava de mais nada mesmo. Encaramos o delicioso desafio com a companhia da premiada Pilsner Urquell, que você encontra no supermercado local pelo preço de uma cerveja nacional simples [e tem vontade de chorar]. A conta do jantar para dois saiu por R$ 47, com o serviço. O que dizer? Saudade Praga… saudade.

A massa do Trdelník, o doce mais tradicional da cidade.

A massa do Trdelník, o doce mais tradicional da cidade.

Um arrependimento: com tanta fartura não dei conta da sobremesa. Deixei de provar o Trdelník, o doce de massa recheada mais popular de Praga. Que pena. Agora vou ter que voltar.

Amos Restaurant
Masná, 17 – Praga
+420 222 323 933

info@amosrestaurant.cz
Aberto diariamente, das 11h às 23h.

O clássico apfelstrudel da histórica confeitaria Demel, no centro de Viena.

O clássico apfelstrudel da histórica confeitaria Demel, no centro de Viena.

Entre as palavras que o turista mais ouve falar na capital da Áustria estão Mozart, Sissi e Schnitzel. O terceiro, uma ‘personalidade’ da gastronomia local, inspirada no milanesa italiano, se apresenta desde a forma mais simples, no sanduba, ao mais requintado, o Wiener Schnitzel.

Além de Viena, o Braun Café também passou por Praga e Berlim. Veja outras dicas saborosas para seu roteiro de viagem:
Praga, a maravilhosa cidadezinha mágica
3 lugares para comer bem em Berlim

Prato-banquete com schnitzel de lombo de porco e salada de batatas cozidas.

Prato-banquete com schnitzel de lombo de porco e salada de batatas cozidas.

O Figlmüller, no centro, é o lugar mais tradicional da cidade para provar o famoso filé de carne de porco ou vitelo empanado à moda vienense. Mas sem reserva, nada feito. Daí que fui provar meu schnitzel ali perto, no Zum Blumenstock.

Cidra é opção refrescante nos dias quentes, além das cervejas.

Cidra é opção refrescante nos dias quentes, além das cervejas.

Na antiga capital do império austro-húngaro, as porções são dignas de banquetes. Tanto é que recebi um prato com três filés de lombo de porco empanados e uma deliciosa salada de batatas cozidas ao molho vinagrete. Tudo por 9,90 euros. A suave cerveja pilsen local é servida em canecas generosas.

A majestosa costelinha de porco do ... com batatas coradas.

A majestosa costelinha de porco do MariahilferBräu com batatas coradas.

Não se acanhe em dividir pratos, que aparentemente, seriam individuais. Foi o que fizemos ao pedir as maravilhosas costelinhas de porco do restaurante e cervejaria MariahilferBräu. Servida em uma tábua de madeira, no estilo medieval, a linda peça de costela vem acompanhada de batatas coradas e dois molhos (custa 17 euros e serve muito bem dois comilões). Além das cervejas da casa, vale provar a cidra bem refrescante.

Melange, o capuccino vienense, no café que foi cenário de 'Antes do Amanhecer'.

Melange, o capuccino vienense, em um dos cenários de ‘Antes do Amanhecer’.

Depois desses banquetes fica difícil encarar a sobremesa, mas não deixe Viena sem provar um doce e um café. Aproveite uma tarde para conhecer a histórica confeitaria Demel, berço da clássica Torta Sacher (Sacher-Torte), desde 1786. Experimentei um sublime apfelstrudel, outro orgulho local. Um café no bule com creme acompanhou meu doce favorito. O preço da elegância saiu 9 euros, mas valeu a pena. E se você quer provar doces austríacos em São Paulo, a Confeitaria Cristina, no Campo Belo, é um bom lugar.

Ali perto da Demel, na charmosa Franziskanerplatz, você também pode tomar um café ou drink em um dos cenários românticos do filme “Antes do Amanhecer”. O pequeno Kleines Café também serve alguns petiscos, num esquema simples, meio “botecafé”. Tomei um ótimo melange, o cappuccino vienense, com uma suntuosa espuma de leite.

Antes do pôr do sol
Dois lugares bacanas e meio fora da curva turística para conhecer em Viena:

Cardápio de 1839 para um jantar do rei da Áustria em uma viagem, na Biblioteca Nacional da Áustria.

Cardápio do século 19 para um jantar do rei da Áustria em uma viagem a Monte Carlo, na Biblioteca Nacional da Áustria.

– A Biblioteca Nacional Austríaca é um cenário espetacular. Além do acervo de obras seculares, encontrei um cardápio de 1839, na exposição sobre o rei Franz Joseph.

Viena vista de cima no mirante Kahlenberg, para encerrar um dia de passeios e ver o pôr-do-sol.

Viena vista de cima no mirante Kahlenberg, antes do pôr-do-sol.

– O mirante da cidade, que fica na montanha Kahlenberg, tem uma vista maravilhosa. No caminho dá para conhecer vinícolas locais. Depois é só admirar o visual de toda a cidade e ver o Rio Danúbio até o pôr do sol. Para chegar lá pegue a linha verde do metrô (U4) até a estação final Heiligenstadt. De lá, pegue o ônibus 38A até a estação chamada Kahlenberg.

Demel
Kohlmarkt, 14 – Viena

Figlmüller
Bäckerstrasse, 6 ou Wollzeile, 5 – Viena
Reserve pelo site: https://www.figlmueller.at/en/

Kleines Café
Franziskanerplatz, 3 – Viena

MariahilferBräu
Mariahilfer Strasse, 152 (esquina com a Rosinagasse)

Zum Blumenstock
Ballgasse, 6 – Viena

Confeitaria Christina (especializada em doces austríacos)
Rua Vieira de Morais, 837, Campo Belo – São Paulo – SP
Tel.: (11) 5561-2354

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