Tutto Italiano

março 17, 2013

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Rossini, o primo do Bellini com morangos, entre os drinks do Tutto Italiano

Vou tirar o pó da mesa aqui do Braun Café para recomendar um restaurante e bar que faz uma homenagem aos sabores e ao estilo da Itália. Aberto em meados do ano passado nos Jardins, o simpático e descontraído Tutto Italiano é uma boa pedida para um drink, jantar ou ambos (a casa também abre para o almoço).

As mesinhas na varanda, logo na entrada, são um convite aos aperitivos no fim do dia. Além dos vinhos em taça (R$ 18, em média) ou garrafa, a carta de drinks tem uma área especial para clássicos como Negroni, Bellini e Spritz (R$ 23 cada). Provei o Rossini, uma versão do Bellini com creme de morangos e prossecco (leve e bem doce). O Fábio foi de Negroni, um dos exemplos de que a Itália ama Campari. Eles também amam a bela atriz Claudia Cardinale, sucesso na década de 60, que estampa os jogos americanos ao lado de Enzo Ferrari.

Negroni e Claudia Cardinale

O Negroni e a Claudia Cardinale

Se quiser ficar só nas entradas para acompanhar os drinks, não faltam opções apetitosas como a burrata com aliche, pinolis e tomatinho (R$ 26 ) ou o Peposo, receita toscana de carne cozida lentamente com vinho e cesta de pães para não deixar escapar nenhum pouco do molho delicioso (R$ 26).

O cardápio faz jus ao nome, tem “tutto” de bom – da saltimboca à bisteca de vitelo à milanesa (R$ 48), dos risotos às massas (carbonara, matriciana, vongole, frutos do mar etc.). A galinha d’angola ao molho de pimenta verde (R$ 48) também parece interessante. É aquele negócio: você faz o pedido já pensando nas opções para a próxima vez (dá uma olhada no cardápio).

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Depois  do Peposo resolvemos optar por uma massa para os dois. Os pratos são individuais e a casa não traz a porção dividida (seria mais simpático se o fizessem), mas oferece um pratinho extra.

O linguine ala matriciana estava saboroso, embora o sal tenha passado do ponto e a presença de cebolas tenha me surpreendido um pouco – diz o cardápio que é a tradicional receita da cidade de Amatrice.

Linguine à matriciana (com cebola)

Linguine à matriciana (com cebola)

Aliás, se quiser preparar uma massa à matriciana em casa recomendo uma visita ao site www.matriciana.com.  A página, em italiano, descreve a verdadeira receita da cidade e destaca que o queijo pecorino tem que ser o suave de Amatrice. “Nada de pecorino romano salgado e forte, que altera o sabor”.

Depois de um Peposo, duas taças de vinho e una pasta não sobrou espaço para a sobremesa. O tiramissú (R$14) estava lá, em destaque, convidando ao dolce ao lado da panna cotta, da baba ao rum, do merengue de morango e tutto mais.

Tutto Italiano
Alameda Tietê, 665 (esquina com a Rua Melo Alves) – Jardins
Tel.: (11) 3061-9639
E-mail: tutto@tuttoitaliano.com.br
Horários: Segunda a quinta das 12h às 16h e das 19h à meia-noite. 
Sexta e sábado: das 12h às 2h
Domingo: das 12h às 17h

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O barato do Nama Baru

abril 8, 2012

Curry verde de peixe no almoço executivo do Nama Baru (entrada, prato principal e sobremesa por R$ 25). Foto: Edgard Kanamaru

Na falta de um, a região de Perdizes tem dois ótimos tailandeses.  O Nama Baru chegou na área do Namga, no ano passado, oferecendo um excelente cartão de visitas no almoço executivo. Entre terças e sextas é possível provar as especialidades preparadas pelo casal de chefs Ique e Talita – entrada, prato principal e sobremesa – por R$ 25. Continue lendo »

O beco de dar água na boca

fevereiro 18, 2012

Prato do dia no Beco do Barthô: salmão perfeitamente grelhado, purê de batatas cremoso e saladinha comvinagrete de morango (R$ 37)

Escondido em uma ruela, no bairro do Paraíso, o Beco do Barthô é um lugar que vale a pena descobrir. O cantinho charmoso e tranquilo começou, há cinco anos, como um bistrô francês e há um ano passou para as mãos do simpático Luis Lara, que manteve a turma da cozinha e expandiu o cardápio para as culinárias italiana e brasileira.

Faz tempo que eu queria conhecer meu vizinho Barthô e encontrei uma ótima oportunidade levando minha prima, Ana Lara, para almoçar e celebrar seu aniversário atrasado. No fim da refeição ainda descobrimos que os Lara do dono do beco eram parentes do pai dela. Continue lendo »

Ali na mesa

julho 26, 2008

Por Renata Mesquita*


Os rodízios de sushi continuam proliferando pela cidade, mas se você nunca experimentou certas preciosidades (nenhum docinho feito à base de feijão ou balas de alga, por exemplo) ou não teve a sorte (que, quando pequena, eu julgava azar) de ter um japonês legítimo por perto para fazer você comer coisas estranhas como lâminas de alga secadas ao sol versão stand alone, cortadas em tirinhas, chamadas Kombu, (Valeu, seu Takeshi!), não pode dizer que seja um admirador de verdade da culinária nipônica.

As tirinhas

Ter sido forçada a voltar para a acupuntura, e com tempo para realizar as sessões apenas aos sábados, trouxe para a minha vida a realização de um desejo que eu acalentava há muito tempo: frequentar mais o bairro da Liberdade. Cada visita tem sido uma descoberta. Gastronômica e consumista.


Mas a maior delas se deu por indicação de nosso japonês Mário Nagano: o Restaurante Katsuzen fica escondido, tem mesas simples e cara de estabelecimento “de raiz”, uma proprietária que é uma figura e sempre vem perguntar o que você achou da refeição. Um de seus sushimen é proveniente do Nordeste (como já foi comprovado cientificamente, eles têm um dom natural para a coisa, apesar da falta quase total de japoneses na colonização de nossos belos estados nordestinos). Ah, e tem opções chinesas, também, no cardápio. Tudo muito simples, sem frescura nenhuma.

Se um dos charmes do Katsuzen é o fato de ele lembrar qualquer restaurantezinho que você encontraria de verdade no Japão fora das áreas turísticas, o apelo gustativo é que ele é especializado em milanesas. Enormes e gordos filés de contra-filé ou de carne de porco ao gosto do freguês, servidos com gohan, missô, pepininhos, repolho e tomates. De entrada, uma saladinha exótica que mistura macarrão de fécula de inhame, presunto, pepino, cebola roxa, tomate e… pedacinhos de omelete!! Isso sim é que é experimentar algo japonês de verdade!


Se você não gosta de fritura (tá, tá, eu sei que faz mal, mas a massa pelo menos não tem gosto de óleo), fique tranqüilo: o Katsuzen tem sushi, sashimi, guioza, tempura (inclusive na versão doce, de sorvete), yakissoba e mais uma porção de pratos com nomes típicos que ainda não consegui decorar, sempre a la carte. Independente da sua “corrente” oriental, vale pelo clima e pela experiência!!

*Renata Mesquita é jornalista e adora descobrir novas delícias para o Braun Café. Fotos: Henrique Martin.

* Por Jordana Viotto


(Enchilada do El Paisa Grill, em Salt Lake City. Foto: JV*)

Pat Lisboa e eu tínhamos acabado de chegar a Salt Lake City para um evento. Eram 11h30 de um sábado e David, o motorista que foi nos buscar no aeroporto, disse que estaria à nossa disposição até as 15h, horário do check in do hotel. Depois de uma passadinha básica pelo Best Buy e pelo Wallgreen`s, decidimos comer.

David nos perguntou o que queríamos. Decidimos que depois de tanta comida de avião, era hora de botar um pouco de tempero na história e mandar comida mexicana.

Ele explicou que conhecia dois lugares – um mais arrumadinho, mais cara de americano, e outro bem simples e bem típico. Óbvio que ficamos com a segunda opção.


(Molcajete: carne, frango e camarão com molho de tomates. Foto: JV*)

Quando chegamos lá, a impressão é de que, por alguma mágica, não estávamos no meio das Montanhas Rochosas, mas nos arredores da Cidade do México. As paredes eram todas amarelas, com alguns detalhes em vermelho e verde e bandeirinhas do México aqui e ali. Os clientes e garçons eram todos mexicanos e o idioma oficial, claro, era o espanhol.

De cara, pedi uma enchilada de frango, que veio preciosamente temperada e servida com molho de creme de leite e queijo. Também dividimos a especialidade da casa – o Molcajete (mistura de carne assada, frango e camarão com molho de tomate).

Para encarar toda essa comilança, pedimos uma michelada (mistura de cerveja, gelo, limão e especiarias), mas ela estava mais picante do que esperávamos e acabamos não conseguindo tomar. Daí resolvi mandar uma água de horchata, bebida feita com água de arroz, açúcar, canela e gelo. Se você gosta de arroz doce, deve aprovar.

Não preciso dizer que saímos de lá quase rolando de tanto comer e prontas para uma bela siesta!

El Paisa Grill – 2126 South 3200 W – South Lake City, Utah (EUA). Tel: (866) 257-1030.

*Jordana Viotto sempre conta ao Braun Café suas descobertas sobre as delícias da vida.

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